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Publicidade precisa de nova revolução, diz diretor de gigante

Programadores de sistema deveriam integrar time de criação das agências

MARIANA BARBOSA DE SÃO PAULO

Para sobreviver na era das novas mídias, a publicidade deve mudar o paradigma da criação e incorporar programadores de sistemas ao seu núcleo central, defende Gaston Legorburu, diretor de criação global da SapientNitro, maior agência dos EUA em receitas digitais, segundo a publicação "Ad Age".

"A maior parte dos publicitários tem o discurso digital, mas na prática ainda trabalha do modo tradicional", disse Legorburu à Folha.

Para ele, a última grande revolução na propaganda ocorreu nos anos 60, quando a turma da arte se juntou aos redatores. "Agora, é preciso juntar programadores ao time de criação." Comumente, programadores e analistas de sistema executam ideias dos criativos.

A SapientNitro, que tem valor de mercado de US$ 1,6 bilhão e já foi tema de estudo de caso em Yale e Harvard, nasceu como uma empresa integradora de sistemas de tecnologia. Com o passar do tempo, ela foi se transformando em uma agência digital.

Dos 7.000 funcionários distribuídos em 32 escritórios nos EUA, na Europa e na Ásia, 40% são engenheiros e programadores. Outros 40% são publicitários criativos, e 20%, "estratégicos" -- "fazem trabalho de consultores, como na McKinsey [de consultoria empresarial]", diz.

"Não sou dos que acreditam que o digital vai tomar conta do mundo. Ver TV e histórias bem contadas de marcas farão sempre parte do nosso mundo", diz.

Mas a experiência cotidiana das pessoas está mudando --por causa da tecnologia. Temos que pensar no digital não só como uma nova mídia, mas também como uma ferramenta que pode transformar as empresas."

Um dos projetos em que a agência está envolvida é o de "redefinir a experiência de consumo" da grife Target. A tarefa pode até envolver a compra espaços publicitários na mídia. Mas a missão principal é a de ajudar a Target a construir plataformas tecnológicas para melhorar a experiência de compra.

"Para isso, temos que permitir que a troca relativa a uma compra feita on-line seja feita na loja física. Mas isso requer mudanças na forma de tocar o negócio."

Para Legorburu, não basta as agências mudarem. As empresas também têm que se modernizar, promovendo uma maior integração dos departamentos de marketing e tecnologia.

BRASIL

A Sapient Nitro foi a última grande agência digital a entrar no mercado brasileiro. Em janeiro, depois de treze meses de negociação, adquiriu 81% da iThink, agência que tem 70 funcionários.

A meta é triplicar de tamanho em três anos, período em que a Sapient deverá adquirir a totalidade das ações.

Agências digitais têm dificuldades com modelo brasileiro
folha.com/no1275542


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