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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

Queda de preço no campo faz inflação recuar

As recentes quedas de preço no campo já são repassadas para a taxa de inflação e os alimentos não são mais os vilões inflacionários.

Os produtos agrícolas negociados no atacado, que atingiam alta de 17% no acumulado de 12 meses no início de janeiro, fecharam abril com evolução de 9%.

A evolução das taxas mensais mostra essa forte desaceleração. No início de janeiro, a taxa mensal do IGP-10 (índice de inflação da FGV) foi positiva em 0,4%. Os dados de ontem do IGP-DI já indicam uma deflação de 2,7%. Cenário melhor de produção externa e safra recorde nacional provocam as quedas.

Esperava-se uma redução maior dos produtos agrícolas logo no início do ano, o que não ocorreu. Agora, com um cenário menos complicado na produção mundial, os preços estão com uma desaceleração forte no campo. Essa queda no atacado deve refletir ainda mais no bolso dos consumidores nas próximas semanas.

Um exemplo é o da soja em grão, produto que estava cotado a US$ 17 por bushel (27,2 quilos) na Bolsa de Chicago em setembro. Recuou e agora está em US$ 14,8. Com isso, o óleo de soja acumula queda de 3% em abril, conforme o IPCA (índice de preços) do IBGE.

O mesmo ocorre com as carnes. À exceção do boi, que tem queda lenta nesta semana, os preços do frango e dos suínos despencaram nas últimas semanas em São Paulo. Essa queda já chega ao bolso dos consumidores.

Os alimentos ainda têm espaço para quedas nas próximas semanas, mas isso dependerá de quanto a indústria e o varejo estarão dispostos a permitir de redução. Podem perceber que é um momento de elevar ganhos.

arroz

Preço recua e consumidor já paga 4% menos

A reta final da safra de arroz, melhorando a oferta, permitiu uma queda de preços para os consumidores. Acompanhamento de preços da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) indicou retração de 4,4% nos preços do cereal na cidade de São Paulo em abril. É o quarto mês seguido de queda.

Futuro agrícola Foram negociados 184,3 mil contratos agropecuários no mercado futuro e de opções na BM&FBovespa no mês passado. Esse volume repete abril de 2012, mas supera em 22% o de março último.

Valor Esses contratos somaram US$ 1,85 bilhão no mês passado, 3% menos do que os de igual mês de 2012, mas 28% acima dos de março deste ano.

Acumulado O volume de contratos negociados no primeiro quadrimestre caiu para 584 mil, 4% menos do que em 2012. O valor das receitas foi de US$ 6,1 bilhões neste ano, 26% menos do que em 2012.

Frango As exportações brasileiras acumuladas de janeiro a abril somaram 1,24 milhão de toneladas, 5% menos do que no ano passado. A alta dos preços compensou a queda do volume.

Receitas As exportadoras conseguiram US$ 2,7 bilhões até abril, 27% mais do que em igual período do ano passado, segundo a Ubabef (associação do setor).

Outro cenário O café tem cenário diverso do de frango. A exportação cresceu, mas a receita caiu.

Quanto foi Dados do Cecafé (conselho dos exportadores) indicam que as vendas totais de abril somaram 2,7 milhões de sacas, 34% mais do que no ano passado.

Receitas O café rendeu US$ 481 milhões em abril, 1,5% menos do que em igual período de 2012.

DE OLHO NO PREÇO

cotações

Mercado interno

Café
(R$ por saca)305,25

Arroz
(R$ por saca)32,04

Londres

Alumínio
(US$ por tonelada)1.887

Níquel
(US$ por tonelada)15.440


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