Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Discreto, executivo surpreende e amplia os domínios em óleo e gás

Nascido no interior pernambucano, Roberto Viana evita aparecer, usa táxi e dispensa seguranças

Em leilão na terça-feira, ex-consultor arrematou 28 blocos de exploração para a Petra, empresa que criou em 2008

(DENISE LUNA) DO RIO

Ele chegou em um táxi comum, desses amarelinhos que circulam pelo Rio, ao hotel Royal Tulip, em São Conrado, na zona sul, e se hospedou em um dos quartos.

De lá comandou uma operação que, surpreendendo o mercado, levou a Petra Energia a comprar, por R$ 111,5 milhões, 28 blocos para exploração de petróleo e gás no leilão realizado terça pela ANP.

Ele é o pernambucano de Timbaúba Roberto Viana, dono da petroleira, um personagem tão discreto que pode circular pelo hotel repleto de executivos do setor praticamente sem ser reconhecido.

Viana, 55, é avesso a entrevistas, fotografias e aparições públicas, um perfil totalmente diferente do empresário Eike Batista, dono da OGX, de quem é sócio em alguns empreendimentos, e de seu ex-sócio Márcio Rocha Mello, que, antes de deixar a presidência da petroleira HRT, tornou-se conhecido por exigir que executivos andassem de pantufas na sede da empresa, na orla de Copacabana, para não sujar os carpetes.

Aos mais próximos, Viana costuma explicar que, como é avesso a carros blindados e seguranças, não quer ficar famoso, para poder continuar levando uma vida normal.

Mas os mesmos amigos sabem que a "invisibilidade" do empresário torna-se a cada dia mais difícil, por causa do crescimento da Petra, fundada por ele em 2008.

Foi como consultor de desenvolvimento estratégico para bancos internacionais de investimento --como Kleinwort Benson e Dresdner Bank-- nas áreas de fusões e aquisições, start-ups, projetos de privatização e expansão das empresas que Viana ganhou a experiência com a qual construiu a Petra.

Fontes afirmam que o "pulo do gato" da Petra veio com o apoio de fundos de Cingapura, o que é negado pela empresa.

Capitalizado, teria decidido focar em áreas de gás em terra e chamar para o seus quadros um amigo dos tempos de Dresdner, Winston Fritsch, ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda no governo Fernando Henrique Cardoso e hoje presidente da empresa.

Por enquanto, Viana aproveita o anonimato no Recife, onde mora, ou em viagens --é apaixonado pela Ásia, para onde foi logo após o sucesso no leilão da ANP.

O empresário viveu até os 14 anos no interior de Pernambuco. De uma família de empresários, médicos, intelectuais e políticos, ele chegou a fazer parte do governo pernambucano na década de 1990, mas logo abandonou a política para, segundo amigos, nunca mais voltar.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página