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BNDES venderá mais de R$ 2,5 bi em títulos privados de baixo risco

Papéis rendem mais do que o Tesouro Direto, mas é difícil resgatar antes do prazo

TONI SCIARRETTA DE SÃO PAULO

O BNDESPar, braço de participações em empresas do BNDES, vai captar pelo menos R$ 2,5 bilhões em títulos de dívida de longo prazo, conhecidos como debêntures.

Será a maior oferta de papéis privados de longo prazo do ano, podendo chegar a R$ 3,375 bilhões. Os detalhes da operação, incluindo os prazos de reserva, deverão ser divulgados nos próximos dias.

Esses títulos são considerados os papéis de dívida privada de menor risco emitidos no país, uma vez que o garantidor final é o Tesouro Nacional, controlador do banco, que tem o mesmo risco de calote do país.

A diferença é que os títulos do BNDES pagam um prêmio --que deve ser entre 0,7 e 1 ponto percentual acima dos papéis correspondentes do Tesouro Direto.

Esse prêmio serve para remunerar a dificuldade do investidor de vender esses papéis antes da data do vencimento. No caso do Tesouro, pode-se vender os títulos ao governo toda quarta.

Os recursos serão utilizados para comprar ações e participações em empresas. Cerca de 35% dos papéis serão reservados ao investidor pessoa física e o restante ficará com os fundos.

O papel deverá atrair investidores estrangeiros, que desde a semana passada estão livres do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) de 6% incidente nas aplicações de renda fixa no país.

Os títulos do BNDESpar são indicados a quem é avesso à Bolsa, sobretudo nesse momento de indefinição, mas procura uma rentabilidade maior do que a dos CDBs dos bancos comerciais e dos títulos do governo. Outra vantagem é não pagar taxa de administração dos fundos.

O investimento mínimo é de R$ 1.000 (preço de uma debênture) e o máximo, de R$ 500 mil (500 papéis). Para comprar os papéis, é preciso ter conta em uma corretora.

A expectativa é que o BNDESpar emita papéis indexados ao IPCA mais juros prefixados. Os prazos devem ser de quatro, cinco e sete anos.

Um dos papéis que será vendido deve ter prazo de 22 anos. Se isso for confirmado, será a debênture de maior prazo já emitida no país.

Isso pode abrir todo um programa de emissão de títulos de longo prazo em moeda nacional. Normalmente, as debêntures têm prazo de cinco a dez anos.


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