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Juros ao consumidor recuam apesar de alta da Selic, diz BC

Principal motivo é preferência de bancos por empresas e linhas de crédito com menor índice de inadimplência

Tendência não deve se manter; financiamento de imóveis, rurais e do BNDES também ficou mais barato em maio

RENATA AGOSTINI DE BRASÍLIA

A taxa média de juros cobrada do consumidor pelos bancos caiu em maio, apesar de duas altas consecutivas da taxa básica de juros (Selic) pelo Banco Central.

Segundo a autoridade monetária, o juro dos financiamentos oferecidos pelo mercado diminuiu para 25,8% ao ano, o menor patamar desde dezembro de 2012.

A queda mais expressiva ocorreu no crédito a pessoas jurídicas, que recuou 0,7 ponto percentual em relação a abril, chegando a 18,5%.

No segmento de recursos direcionados --que inclui financiamentos do BNDES, crédito imobiliário e rural--, a taxa média chegou a 6,9%, o menor índice da série histórica do BC, iniciada em dezembro de 2011.

A redução das taxas foi acompanhada pela expansão do crédito e a estabilidade da inadimplência, que permaneceu em 3,6% em maio.

A oferta de crédito mais barato, no entanto, não deve durar muito. Segundo o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, as altas da Selic terão impacto.

O efeito do aperto monetário promovido pelo BC já chegou ao sistema financeiro com o aumento do custo de captação dos bancos, assinala o economista Wermeson França, da consultoria LCA.

A alta, diz, não aparece ainda na taxa média ao consumidor devido ao avanço de linhas mais baratas (crédito consignado e imobiliário).

"Os próprios bancos buscaram isso, evitando linhas com inadimplência maior", afirma. "Há uma estratégia de limpar o balanço de devedores duvidosos."

A expansão do estoque de crédito, de 1,5% em maio, é puxada principalmente pelos financiamentos produtivos do BNDES e pelo crédito habitacional. Juntas, essas linhas têm feito com que segmento de recursos direcionados cresça em ritmo superior ao de crédito livre.

Além do avanço das operações do banco estatal, as famílias estão trocando o crédito voltado ao consumo pelo financiamento imobiliário, afirmou o Banco Central.

Para os economistas, apesar da expansão das concessões no mês passado, o cenário é de moderação --na comparação anual, a expansão do volume de crédito no mercado vem desacelerando.

A alta foi de 16,1% em maio em relação ao mesmo mês de 2012, taxa inferior à verificada no período de 12 meses findos em abril, de 16,3%.

O BC reviu suas projeções e estima agora que o saldo de financiamentos aumente 15% em 2013, ante a previsão anterior de 14%. Em 2012, houve expansão de 16,2%.

A maior contribuição virá dos bancos públicos, cujos financiamentos subiriam 22%.


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