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Investidor estrangeiro se preocupa com exposição de bancos ao EBX

PATRÍCIA CAMPOS MELLO DE SÃO PAULO

As ações dos principais credores das empresas do grupo EBX despencaram ontem. Os papéis do BTG, que tem R$ 458,7 milhões em empréstimos de curto prazo para o grupo de Eike Batista, segundo levantamento da Folha, tiveram queda de 7,59%.

De acordo com relatório do BofA (Bank of America), entre os bancos privados, o BTG tem a maior exposição às empresas do grupo X em dívidas de curto e longo prazo, de 6,2% de seu capital de nível 1 (parte do patrimônio que absorve as perdas da atividade normal do banco).

As ações do Bradesco, que tem R$ 996,4 milhões em empréstimos de curto prazo para empresas do grupo (exposição de 1,8% segundo o Bofa), caíram 5,07%.

E os papéis do Itaú, que tem R$ 1,007 bilhão de crédito de curto prazo para as empresas X e exposição de 1,7%, tiveram baixa de 4,32%.

Segundo o BofA, a exposição do BNDES a dívida das empresas de Eike é de 10,1%, e a da Caixa Econômica Federal, de 6,2%.

A exposição de bancos brasileiros às empresas de Eike preocupa muito investidores estrangeiros.

"A grande preocupação do mercado agora é descobrir exatamente quanto cada banco emprestou para as empresas de Eike; por isso as ações de bancos como Itaú e Bradesco já estão caindo", disse o chefe de negociação de ações de um grande banco em Nova York.

"É o segundo estágio da crise --o que vai acontecer com os bancos e o que o governo vai fazer."

"Não falamos sobre ações específicas, especialmente em uma situação como essa", disse Michael Shaoul, presidente da Marketfield Asset Management, gestora de recursos em Nova York.

"Mas esperávamos que os usuários mais agressivos de crédito no Brasil começassem a ter problemas agora e esperamos mais casos de inadimplência", disse.

Segundo Shaoul, "os credores vão ser afetados pelas preocupações do mercado, e a atividade de crédito bastante agressiva dos bancos estatais e de bancos de investimento privados do Brasil levará a problemas nas próximas semanas."


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