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Fed forçará bancos nos EUA a seguir regras mais severas

Instituições terão que manter reservas maiores do que as exigidas por nova regra internacional

Meta é proteger sistema de bolhas e prepará-lo para absorver riscos; país é criticado por lentidão em reformas

DO "FINANCIAL TIMES", EM NOVA YORK

O Federal Reserve vai impor aos bancos dos EUA regras adicionais às exigidas pelo BIS (espécie de banco central dos BCs) em um acordo recente que visa tornar o sistema financeiro mundial mais protegido de bolhas.

Em reunião em Washington, o conselho do banco central americano concordou em forçar os bancos do país a respeitar os novos requisitos de capital a partir de janeiro.

A bula, novo padrão internacional do BIS, é chamada de Basileia 3 (pela cidade suíça onde foi assinada) e força os bancos a reter capital mínimo de 7% de seus ativos, ponderados pelo risco médio dos últimos cinco anos.

Mas Daniel Tarullo, diretor do Fed para regulamentação, prevê regras adicionais que levariam os maiores ban- cos dos Estados Unidos a sacrificar lucros em nome da segurança.

Entre outras propostas, as instituições podem ser forçadas a manter um nível mais alto de reservas em proporção a seus ativos totais (algo que o Brasil já adota) e a manter reservas adicionais em caso de exposição a transações de larga escala e curto prazo.

Tarullo disse que o Fed está "muito próximo" de revelar um plano para impor limites mais duros de endividamento aos bancos e se queixou de que a fração de endividamento internacional prevista era "baixa demais".

Os dirigentes da instituição esperam, assim, conter as queixas das autoridades europeias quanto à sua lentidão na adoção das novas normas.

Segundo Michael Gibson, outro dirigente do Fed, uma revisão por autoridades reguladoras identificou "grande variação" na forma como os bancos avaliam o risco de seus empréstimos.

Os que atribuem valores mais otimistas às suas carteiras poderiam reter menos capital e oferecer crédito mais barato que os demais.

Criticada por muitos executivos financeiros, a versão final do acordo internacional adotada pelo Fed oferece poucas concessões ao setor.

Mas o Fed ofereceu, entretanto, uma abordagem mais flexível em alguns aspectos --revisando, por exemplo, a ponderação de risco das hipotecas, o que permite que os bancos retenham reservas menores contra certos tipos de empréstimos imobiliários.

O BC americano também propõe uma versão mais amena das regras para centenas de pequenos bancos locais.


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