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Incêndio em avião Dreamliner agrava problemas da Boeing

Incidente em Londres, sem vítimas, soma dúvidas sobre riscos com baterias do novo modelo

Causas seguiam sem explicação até a noite de ontem; aeronave estava estacionada no aeroporto Heathrow

BERNARDO MELLO FRANCO DE LONDRES

As ações da Boeing sofreram novo golpe e fecharam ontem em baixa de 4,7% na Bolsa de Nova York após outro incidente com o 787 Dreamliner, o avião de maior porte da empresa.

Um incêndio que não havia sido explicado até a conclusão desta edição destruiu parte de um jato da Ethiopian Airlines no pátio do aeroporto de Heathrow, em Londres.

A aeronave estava estacionada no local havia cerca de oito horas, sem passageiros a bordo. Não houve feridos.

O incêndio fechou as duas pistas de Heathrow, o maior aeroporto do Reino Unido, por mais de uma hora, atrasando centenas de voos programados em toda a Europa.

Autoridades britânicas e americanas foram enviadas ao local para investigar as causas do fogo.

A Boeing se recusou a informar se o fogo está relacionado com as baterias de íons de lítio do 787, que apresentaram problemas de superaquecimento no início do ano.

"Estamos cientes do acontecido com o 787 em Heathrow. Trabalhamos para entender o que ocorreu", afirmou a empresa em nota.

A Ethiopian informou que seus técnicos de manutenção já haviam encontrado problemas no ar-condicionado do Dreamliner. Os funcionários teriam notado presença de faíscas, mas não de fogo.

CRISE

O incidente não foi o único com um Boeing 787 ontem, o que assustou ainda mais os investidores. No aeroporto de Manchester, uma aeronave da Thomson Airways rumo à Flórida teve que retornar logo após a decolagem "por precaução", segundo a companhia, que não explicou o ocorrido. Não houve feridos.

Analistas citados pelo jornal "Financial Times" avaliam que o caso pode causar danos aos negócios da Boeing caso seja atestada uma ligação entre o fogo e as baterias.

"Se houver relação com as baterias, eles vão ter problemas", advertiu Nick Cunningham, da agência Partners.

Em janeiro, problemas com essas peças levaram as autoridades de segurança aérea a suspender todos os voos com o modelo até que as peças fossem substituídas.

Cerca de 50 aeronaves ficaram sem voar até abril, e as empresas tiveram que trocá-las por outros modelos.

A Boeing diz ter 900 encomendas do Dreamliner, sua aposta para manter a liderança no segmento. O modelo é apresentado como mais eficiente, e sua fuselagem de carbono reduz o peso e o consumo de combustível no ar.


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