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EUA em reconstrução
Retomada é recebida com receio por mercados, que temem perder estímulos
Dados econômicos melhoram e mostram vigor, mas autoridades ainda veem fragilidade no mercado de trabalho
A recente leva de dados positivos na economia dos EUA criou um paradoxo: quanto melhores os números, mais receoso o mercado fica.
Isso porque em junho Ben Bernanke, o presidente do Federal Reserve (banco central dos EUA), deu sinais de que a instituição poderia começar a retirar já neste ano os estímulos que injeta na economia, por meio da recompra de títulos da dívida.
Bernanke hesitaria depois, mas ficou entre investidores e analistas o temor de pedalar sem rodinhas, apesar do caminho mais limpo.
Os pareceres do próprio Fed e do Fundo Monetário Internacional indicam que a recuperação tomou rumo e, aos poucos, vai ganhando fôlego.
O mercado imobiliário mostra vigor inédito no pós-crise, o PIB cresce há nove trimestres, consumidor e empresariado começam a ganhar confiança e gastar mais.
Mas, ressaltam, nenhum desses indicadores avança com força suficiente para dissipar todos os riscos e reverter o maior estrago deixado pela crise que estourou em 2008, o alto desemprego.
Embora caia desde outubro de 2009, quando batera em 10%, o índice hoje em 7,5% ainda está muito além do patamar de 5% em que pairava antes da turbulência.
No Brasil, espera-se com ansiedade. A melhora eventualmente permitirá ao Fed elevar seus juros, perto de zero. Com isso, investidores que procuraram os emergentes em busca de melhores retornos deverão voltar aos EUA --o que dará impulso ao dólar.