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Companhias cortam custos para elevar rentabilidade

Aumentar vendas é difícil no atual cenário

TATIANA FREITAS TONI SCIARRETTA TONI SCIARRETTA DE SÃO PAULO

As empresas com ações na Bolsa de São Paulo frearam os investimentos, reduziram gastos e focaram a preservação de seus ganhos no segundo trimestre de 2013, segundo estudo da Economatica.

O estudo revela que as empresas abertas tiveram receita conjunta de R$ 345,8 bilhões no segundo trimestre, resultado 6,1% maior que em igual período de 2012. O levantamento considera 248 empresas, excluindo os bancos.

Essa receita, porém, fica negativa em 0,6% se for descontada a inflação de 6,7% acumulada em 12 meses até junho, mostrando que as empresas estão encolhendo, com crescimento aquém dos 2% esperados para o PIB.

"São empresas que historicamente têm desempenho acima do PIB. Estamos vendo o retrato de um país que cresce pouco e de um ambiente que não motiva investimentos", disse Fernando Exel, presidente da consultoria e autor do estudo.

Para compensar a economia fraca, que não possibilita maior volume de vendas, as empresas cortaram custos, venderam negócios pouco rentáveis e se dedicaram àqueles com maior potencial.

A margem de lucro, que é quanto se ganha em relação às vendas, cresceu de 12,4% para 13,3% em um ano. Já o lucro operacional, que desconsidera juros e dólar, cresceu 14,4% nessa comparação. O lucro líquido subiu 16,8%, para R$ 14,7 bilhões.

Para Alexandre Assaf, diretor do Instituto Assaf, especializado em contabilidade, as empresas procuraram recompor margens de ganho perdidas para se precaver contra a inflação e a dificuldade de ganhar escala nas vendas. "Ninguém sabe quando vai poder investir ou repassar aumento de preços novamente. O ambiente não está para isso", disse.

"As empresas estão revendo seus projetos com pé no chão, visando redução de custos e retenção de caixa", disse Pedro Galdi, da SLW.


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