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Sob pressão, Ballmer renuncia à Microsoft

Após 13 anos, presidente-executivo anuncia aposentadoria em meio a desafios da empresa para se adaptar à era móvel

Vendas fracas do Windows 8 também pesaram contra Ballmer, que sucedera Bill Gates no cargo

DO "FINANCIAL TIMES"

Steve Ballmer anunciou que deixará a presidência-executiva da Microsoft daqui a 12 meses, em meio aos desafios da maior produtora global de software para se adaptar à era da computação móvel e à sua perda de influência no mercado de tecnologia.

Com a notícia, as ações da empresa disparam e fecharam o dia em alta de 7,29%.

Ballmer, 57, classificou sua decisão de se aposentar como um passo emocionalmente complicado, mas necessário, "para servir aos interesses da companhia" que ama.

Mas, vinda só um mês após a reorganização que consolidou o poder nas mãos do presidente-executivo, sua renúncia indica o desgaste no relacionamento de 33 anos entre ele e Bill Gates, fundador e presidente do conselho da Microsoft e a quem sucedeu.

Gates, que assumirá responsabilidades mais diretas na busca de um novo presidente-executivo, depois de anos de dedicação à filantropia, divulgou um comunicado sucinto no qual afirma que a Microsoft terá a "sorte" de contar com Ballmer durante a busca, mas sem agradecê-lo pelos 13 anos de liderança.

Ballmer passou a sofrer maior pressão nos últimos meses, em razão do começo hesitante das vendas do Windows 8, a tentativa de produzir um sistema que abarque tanto tablets quanto PCs.

Embora Ballmer tenha feito um bom trabalho na defesa do lucrativo negócio da Microsoft na computação convencional, dizem os analistas, faltava ao antigo executivo de vendas a visão para aproveitar o entusiasmo dos consumidores pelos aparelhos leves e equipados com telas de toque --um mercado que ainda está em disputa.

As ações da Microsoft caíram 40% desde que Ballmer assumiu como presidente-executivo, em janeiro de 2000.

Em julho, a Microsoft anunciou que dividiria suas oito linhas de negócios em quatro segmentos, com foco na engenharia e em encorajar a colaboração dentro do grupo.

As divisões devem ter por foco os sistemas operacionais, os apps, a tecnologia de nuvem e os aparelhos. A decisão no geral reverte a estrutura e a estratégia adotada por Ballmer em 2005.

"A reorganização precisa de energia nova na cabine de pilotagem", disse Carolina Milanesi, analista do Gartner.

A consultoria prevê que a fatia da Apple no mercado de computação ao consumidor, incluindo computadores, smartphones e tablets, superará a da Microsoft neste ano, o que destaca as dificuldades do Windows na era móvel.


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