Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

Preço do leite sobe 20% em um ano, mas alta chega ao fim, avalia Cepea

Em valorização desde o início deste ano, o preço do leite no atacado chegou ao limite de alta e deve ficar estável a partir de setembro.

A avaliação é do Cepea, da Esalq/USP, que apontou um aumento de 3% no preço em agosto, em relação a julho. O valor médio pago ao produtor foi de R$ 1,0861 por litro --o maior dos últimos seis anos, descontada a inflação.

Em comparação com agosto do ano passado, a valorização chega a 20%. O cálculo, que inclui frete e impostos, considera os valores praticados em Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e Bahia.

Também neste mês, o leite "in natura" apresentou a maior influência positiva para o índice de preços ao produtor da Fundação Getulio Vargas (alta de 4%, segundo o IGP-M divulgado ontem).

Também no varejo, o leite é o item com a maior alta em agosto (5,3%). O consumidor, no entanto, não deve aceitar novos aumentos de preço.

Até agora, a alta do leite e de derivados vinha sendo sustentada pelo consumo aquecido, que deve reagir ao novo patamar de preços, segundo representantes da indústria consultados pelo Cepea.

Pelo menos no caso do leite longa vida e do queijo muçarela, que subiram 4% e 2,3% no Estado de São Paulo em agosto, ante julho, espera-se reação no consumo.

Ao mesmo tempo, a oferta da matéria-prima deve continuar aumentando. Em julho, a produção cresceu 4%, em média, segundo o Cepea.

O consumidor, porém, deve demorar um pouco para sentir no bolso os efeitos de um mercado mais equilibrado. Apenas 2% dos laticínios e cooperativas consultados pelo Cepea esperam redução de preço em setembro.

Novo fornecedor O Brasil já se tornou o segundo maior comprador do trigo norte-americano, atrás da China. Segundo o Usda (Departamento de Agricultura dos EUA), os brasileiros compraram 1,78 milhão de toneladas do cereal entre 1º de junho e 22 deste mês.

Comparação No mesmo período do ano passado, a importação de trigo americano foi de apenas 50 mil toneladas. Neste ano, os EUA substituem a Argentina no fornecimento de trigo ao Brasil. Para evitar alta nos preços internos, os vizinhos têm limitado as exportações.

Mais feijão Os gaúchos vão reservar uma área 3,56% maior para a primeira safra de feijão, totalizando 52,9 mil hectares. Segundo a Emater, a forte alta do produto nos últimos meses incentivou o plantio. Desde 1995, a área de feijão diminuía no Estado.

Menos milho O grão será o único a ter área reduzida no Rio Grande do Sul (-2,9%) na próxima safra. Considerando todas as culturas de verão, a área aumentará 1,7%.

Preços agrícolas mantêm queda, mas devem reagir

A queda dos preços agrícolas no atacado se intensificou em agosto. Houve deflação de 0,60%, segundo o IGP-M divulgado ontem.

Milho, soja, feijão, batata-inglesa e mandioca apresentaram as maiores pressões de baixa, mas alguns desses produtos podem provocar uma reversão desse movimento nas próximas semanas.

Influenciados pela alta do dólar, o milho e a soja sobem nos últimos dias no campo, enquanto os suínos também passam por recuperação.

Para a LCA Consultores, os próximos índices de inflação vão mostrar esses reajustes. No IGP-DI de agosto, os agrícolas subirão 0,9%, estima.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página