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Vencedores vão estrear na operação de via com pedágio

Consórcio Planalto é formado por nove empresas de médio e pequeno porte de São Paulo e do Paraná

Grupo diz que vai tentar antecipar duplicação de 18 para 12 meses e não teme burocracia para desapropriações

DE BRASÍLIA

"Já que fazemos para os outros, por que não fazemos para nós mesmos e para a população?Carlos Eduardo Pradogerente do consórcio Planalto

Com o desconto de 42,3% sobre o valor-teto de pedágio, o consórcio Planalto venceu sete concorrentes na disputa pela BR-050, entre eles grandes empresas, como a CCR e o grupo Odebrecht/Invepar.

O consórcio é formado por nove empresas de médio e pequeno porte de São Paulo e Paraná, das quais apenas uma já foi sócia de concessões rodoviárias. A grande maioria trabalha para concessionárias e governos na implantação de estradas, principalmente paulistas.

"Já que fazemos para os outros e temos tido uma receptividade boa no serviço, por que não fazemos para nós mesmos e para a população, para engrandecer a gente e o país em termos de qualidade?", disse Carlos Eduardo Prado, gerente do consórcio.

A líder do grupo é a Senpar, empresa de São Paulo que tem participação em uma concessionária de rodovia no Rio Grande do Sul. A empresa é mais conhecida por investimentos imobiliários em condomínios de luxo no interior paulista.

Também estão no consórcio Estrutural, Kamilos, Ellenco, Engenharia e Comércio Bandeirantes, Greca Distribuidora de Asfalto, Maqterra Transportes e Terraplenagem, TCL e Rio Novo.

Segundo Prado, o grupo começou a ser formado logo após o governo anunciar as concessões. Há cerca de 60 dias é que os estudos tornaram-se mais intensos.

O gerente do consórcio diz não temer o fato de que a companhia terá, agora, que enfrentar a burocracia do governo para conseguir licenças e desapropriações.

Segundo ele, a intenção é antecipar para até 12 meses o cronograma de duplicação. Pelo edital, os primeiros 10% de duplicação têm que ser feito até 18 meses após a assinatura do contrato, que deve acontecer até o fim do ano. Só após essa etapa se pode cobrar pedágio.

Carlos Prado é da Rio Novo Construções, uma das nove empresas do grupo. Segundo ele, vários profissionais já pertenceram aos quadros de concessionárias de rodovias.

Na visão dele, a proposta do grupo não é tão ousada quanto o mercado avaliou, e as concessões não envolvem segredo. "É fazer o que sempre nos pediram para fazer: um serviço correto, bem feito e ganhar dinheiro."

DESÁGIOS

Das propostas apresentadas, quatro propunham deságios entre 34,5% e 37%.

O desconto da Planalto é um pouco superior ao que o ministro César Borges (Transportes) projetava e perto da média de deságios que prevaleceram nos leilões rodoviários nas últimas duas décadas.

O preço por 100 quilômetros, de R$ 4,53, ficou abaixo da média das rodovias federais (R$ 5,20), mas acima das concessões do governo Lula (R$ 3,40). A média das concessões do governo Fernando Henrique é de R$ 9,00.


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