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Montadoras querem vender mais do que carros no Brasil

Marcas veem país como potencial mercado para compartilhamento de veículos; jovens urbanos são alvo

GABRIEL BALDOCCHI DE SÃO PAULO

Embora seja mais conhecido como um mercado potencial para a venda de carros, o Brasil começa a entrar na rota dos projetos de mobilidade das montadoras, negócios em que o lucro se dá pela prestação de serviço, e não pela comercialização do bem.

Soluções como o compartilhamento de carros são vistas como complemento ao negócio original da indústria.

Nele, os usuários cadastrados podem pegar o carro em um ponto e deixar em outro,pagando por uso (quilômetro rodado ou tempo).

O serviço já funciona em mercados maduros e começa a ganhar adeptos nos emergentes, estimulados por restrições de circulação em grandes cidades e pela crescente recusa entre os jovens de ter carros e arcar com os custos.

Para a Volkswagen, é uma questão de tempo a introdução no Brasil do seu recém-adquirido negócio de compartilhamento de veículos.

"Em dois anos, talvez, [o Brasil] terá o mesmo movimento que há na China, na Europa e nos EUA", afirma Lars-Henner Santelmann, diretor do Banco Volkswagen.

No grupo alemão, o negócio é administrado pela divisão de serviços financeiros, uma prova de que os projetos buscam diversificar receitas. "É um produto de nicho, mas um bom nicho", diz

O executivo vê espaço para uma operação em grandes centros focada em condomínios e empresas.

O país também está nos planos de expansão da Car2Go, serviço de compartilhamento do grupo Daimler, dono da Mercedes e da marca de carros compactos Smart, usados com esse fim nos Estados Unidos.

Enquanto não chega, a operação brasileira da marca resolveu criar a sua própria solução para mobilidade.

VANS

A montadora fechou uma parceria com clientes de frotas, donos de vans e micro-ônibus, para oferecer a compra da viagem por assento.

Em eventos em São Paulo, usuários podem pagar apenas pelo lugar em uma van com saídas e retornos de pontos de referência na cidade.

A receita é compartilhada entre os proprietários das frotas e a montadora.

Segundo a gerente de inovação de negócios da marca, Fernanda Bordin, o projeto é uma adaptação aos modelos de compartilhamento europeus, uma espécie de transição necessária no Brasil.

"Hoje a cultura brasileira está se adaptando a esse tipo de serviço", diz.

Pesquisa da KPMG com executivos de montadoras mostrou que mais de 70% dos respondentes acreditam que os serviços de compartilhamento serão uma alternativa rentável para grandes metrópoles de países emergentes.


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