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Diferentes gerações de parentes se unem para criar negócios

Ganha força nos EUA a prática de aposentado se unir a familiar mais novo para fundar empresa e deixar legado

Sócios devem ter uma ideia clara de como cada um vai usar as suas experiências de vida na empreitada

DO "NEW YORK TIMES"

Michael Lowe, 64, estava entediado com a aposentadoria, iniciada em 2008, após uma carreira de três décadas como advogado.

"Eu passava o dia em casa", diz. "Decidi que devia tentar outra coisa."

Por sorte, ele tinha bom relacionamento com o genro John Uselton, 40. Como o sogro, ele era adepto da cerveja feita em casa e das coleções de vinho e outras bebidas alcoólicas. Esse interesse mútuo se transformou na New Columbia Distillers, a primeira microdestilaria de Washington.

A ascensão de empreendedores já idosos, como Lowe, é um fato bem documentado. Mas empresas iniciantes como a criada por Lowe e Uselton representam uma nova variação dos negócios familiares tradicionais: as chamadas "sociedades com legado".

Elas são criadas no momento da aposentadoria do sócio mais velho depois de uma longa carreira profissional, de modo a que as duas gerações contribuam com ativos complementares para o novo negócio.

Esses ativos são tipicamente o capital e a experiência do sócio mais velho e a energia, conhecimento técnico ou competência em marketing on-line do mais novo.

"Muitos idosos estão criando empresas em sociedade com membros mais jovens de suas famílias", diz Elizabeth Isele, cofundadora da Senior Entrepreneurship Works, uma organização que ajuda empreendedores de mais de 50 anos de idade a criar empresas. "É uma fórmula vencedora para as duas gerações."

A primeira regra é ter ideia clara do que cada sócio contribui para o negócio. "Usamos muito do que aprendemos com nossas experiências passadas", diz Uselton.

Ele e Lowe dividem a operação da destilaria e o desenvolvimento de receitas.

Tendo trabalhado como comprador de cerveja em uma loja de bebidas e como garçom em um restaurante fino na capital norte-americana, Uselton tinha uma ampla rede de contatos.

Lowe cuida da parte financeira e das questões regulatórias. Uma coisa mais equilibra seus deveres: "Sou um sujeito franzino. Não tenho muita capacidade para trabalho físico", diz Lowe.

"John tem força para lidar com as grandes mangueiras, caixas, sacas de grãos. Há muito trabalho físico envolvido", completa.

Outra vantagem mútua para os empresários mais velhos e mais jovens que trabalham juntos pode ser um propósito moral. Isele diz que "as pessoas nessa idade realmente querem criar um negócio com alguma forma de impacto social em sua comunidade, se não no mundo". "E muitas vezes os mais jovens têm idealismo semelhante guardado neles mesmos."


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