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Mercado

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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

Preço de agrícolas pode reagir neste trimestre

A financeirização do mercado agrícola, iniciada em 2006, fica bem aparente neste momento. Os fundos estão no mercado de futuros financeiros e de ações, abandonando o agrícola.

O resultado é que a menor presença desses investidores, somada a fatores sazonais neste período do ano, faz o preço de vários produtos recuar para patamar igual ao de 2009, logo após a crise financeira internacional iniciada nos Estados Unidos.

Fernando Muraro, da AgRural, diz que "o pior já está passando". O mercado oferece várias pechinchas atualmente que vão atrair os investidores --entre elas, café, óleo de soja e milho.

O analista da AgRural aposta que neste último trimestre do ano os fundos vão se voltar para esses produtos, dando novos patamares para os preços de negociação.

Em geral, os preços de vários produtos já estão em baixa neste período do ano, devido à sazonalidade. Mas esse cenário tem sido agravado pela ausência dos fundos.

Neste momento eles têm atuado mais na direção de vendas de contratos agrícolas do que na de compras.

Os produtos que estão com preços mais favoráveis para o mercado são café, óleo de soja e milho. O café, devido a uma elevação na oferta, tem os menores valores de negociações desde 2009.

Muraro coloca, ainda, o óleo de soja na lista dos produtos atrativos pelo mercado porque os valores de negociação da commodity são os menores desde 2010.

Normalmente, os preços do óleo já têm uma tendência de queda neste período do ano devido à chegada da safra norte-americana de soja.

O milho também está na lista das pechinchas, sendo negociado pelos menores valores desde 2010. A queda se deve a uma normalização da produção norte-americana, que deverá atingir 348 milhões de toneladas neste ano.

Essa commodity vinha com preços aquecidos no ano passado, devido à quebra de safra de 100 milhões de toneladas nos EUA. Neste ano, os norte-americanos repõem parte dos estoques e ficam em posição mais confortável.

Antes refletindo mais os fundamentos de oferta e demanda, os preços do mercado agrícola agora espelham também a maior ou menor presença dos fundos de investimento nesse setor.

Com quem vou? Em época de preparação para as eleições presidenciais, o campo começa a se manifestar. As posições são diversas, não faltando fortes ataques ao governo atual.

Está difícil Mas o presidente de uma das principais associações de produtores do país diz que a escolha não é fácil. Votar em quem foi governo e não fez ou em quem é governo e não faz?, diz.

Área menor Os argentinos vão semear uma área menor de milho do que se previa, segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires.

Quanto é A área, estimada no início em 3,56 milhões de hectares, fica em 3,46 milhões. Se confirmada, é inferior aos 3,7 milhões de 2012.

Pé no acelerador Apesar da desaceleração de setembro, as vendas de máquinas agrícolas atingem 64 mil unidades no ano, 25% mais do que em igual período de 2012, mostra a Anfavea.

Sementes Ambientalistas mantêm a paralisação da construção de uma unidade processadora de semente de milho da Monsanto em Malvinas Argentinas, na província de Córdoba, na Argentina.

Tudo na lei A empresa diz que cumpre com todas as exigências legais. O bloqueio inibe o crescimento da região e a oferta de emprego, aponta nota da multinacional.

DE OLHO NO PREÇO

cotações

Mercado interno

Feijão
(R$ por saca)128,00

Arroz
(R$ por saca)33,75

Chicago

Soja
(US$ por bushel)12,95

Milho
(US$ por bushel)4,43


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