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FMI teme turbulências em emergentes

Mercados de câmbio e dívida seriam afetados em cenário de transição; Fundo elogia Brasil, mas pede reforma fiscal

Relatório financeiro cita riscos na Ásia, na Europa e nos EUA, onde fim da política de estímulo requer cautela

DE SÃO PAULO

O Fundo Monetário Internacional afirmou que os fundamentos econômicos nos países emergentes pioraram após uma "expansão de crédito tardia" e previu solavancos nos mercados de dívida e câmbio desses países em um cenário global de transição.

As ponderações foram feitas ontem com a publicação do relatório anual do FMI sobre a estabilidade financeira mundial em Washington.

"A liquidez se deteriorou e as vulnerabilidades aumentaram, expondo mais esses mercados à pressão externa", disse José Viñals, diretor do Departamento Monetário e de Mercado de Capitais do FMI.

"Esse é exatamente o caso do Brasil", acrescentou Matthew Jones, conselheiro do mesmo departamento. "O Brasil se beneficiou dos fluxos de capital [saídos dos EUA e da Europa para o país], mas os fundamentos da economia se enfraqueceram."

Embora avalie que o país esteja preparado para eventuais desafios e elogie a condução da política econômica, o Fundo enfatizou a necessidade de reformas fiscais para "melhorar a eficiência do gasto público" e criticou manobras contábeis do governo.

"Uma delas foi para facilitar empréstimos por bancos públicos. São operações excluídas do balanço do governo, o que torna difícil avaliar sua eficácia", afirmou Martine Guerguil, diretora-assistente para assuntos fiscais.

EUA

O cenário previsto pelo Fundo é de risco de turbulências nos EUA, na Europa e na Ásia na transição para o pós-crise, e requer atenção.

O FMI estima que a política de recompra de títulos da dívida dos EUA pelo banco central americano seja encerrada em breve e recomendou que a comunicação sobre isso seja clara, sem surpresas.

Viñals também criticou a paralisia do governo americano, sem acordo para aprovar seu Orçamento, e alertou para o risco de calote se o Congresso local, dividido, não autorizar o governo federal a fazer mais empréstimos.

"É um risco pequeno, mas com consequências graves."


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