Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria
Fôlego chinês permitirá foco em reformas
Avanço de 7,8% do PIB no terceiro trimestre, acima da meta, livra Pequim de ter que expandir estímulo econômico
Analistas esperam desaceleração no fim do ano e em 2014; reunião em novembro definirá política econômica
"Perio elatili cri ta am hoc, num poponsus incerus senternum cotio meressin rem moentre nihin hocutelina, Ti. mei
O crescimento de 7,8% do PIB chinês no terceiro trimestre, acima da meta anual de 7,5% estabelecida pelo governo para 2013, deve livrar as autoridades do país de ter que expandir os "miniestímulos" implementados para conter a desaceleração econômica.
Para analistas, a aceleração reforçará a confiança do governo para manter seu programa de reformas focado na transição para um modelo menos dependente de exportações e investimentos, sem recorrer a maiores estímulos.
Com menos investimento e mais ênfase no mercado doméstico e no reequilíbrio da economia, o crescimento do PIB deve encolher no fim de 2013 e no ritmo anual registrado em 2014, o que alguns analistas não consideram necessariamente má notícia.
"Uma desaceleração no quarto trimestre provavelmente reviverá os temores de um pouso forçado, mas é algo bem-vindo", observou a consultoria Capital Economics. "Prolongar o investimento movido a crédito é a última coisa que a China precisa agora".
Os números divulgados ontem (fim da noite de quinta no Brasil) mostram que o crescimento chinês entre julho e setembro, em relação ao mesmo período de 2012, foi a maior expansão deste ano, após avanços de 7,5 e 7,7% nos dois primeiros trimestres.
Apesar do fôlego, os números estão aquém dos da última década, quando frequentemente o crescimento atingiu mais de 10% ao ano.
Para este ano, o governo chinês estabeleceu como meta crescimento de 7,5% do PIB para 2013, deixando claro que a era da expansão anual de dois dígitos ficou para trás.
Nos nove primeiros meses deste ano, a China acumula crescimento de 7,7%.
O avanço do PIB no terceiro trimestre ocorreu, em parte, graças ao "miniestímulo" lançado pelo governo no meio do ano, incluindo gastos em infraestrutura.
Mas a previsão de economistas é que as medidas não sejam ampliadas.
"O novo governo do premiê Li Keqiang evitará acelerar o crescimento do crédito, preferirá não expandir seu miniestímulo fiscal e provavelmente baixará o tom de sua retórica pró-crescimento", comentou Lu Ting, do Bank of America em Hong Kong.
Num encontro cercado de expectativa, o Partido Comunista irá definir no próximo mês uma política de reformas que deverá formalizar sua tolerância com um crescimento do PIB menor que nos últimos anos, a fim de rebalancear a economia.
Será a terceira plenária do atual Comitê Central do PC. Foi numa reunião como essa, no fim de 1978, que Den Xiaoping lançou as reformas que abriram a China ao investimento externo e reduziu o papel do Estado na economia.
As comparações com a reunião do próximo mês tem sido frequentes.
"A questão é como permitir que o mercado tenha papel central para que o governo gradualmente reduza sua intervenção direta, o que beneficiará toda a economia", disse à Folha Zhang Lei, analista da Minsheng Securities.