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Vaivém das commodities

Produção de algodão recua, mas estoque sobe

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

A produção mundial de algodão recua para 25,5 milhões de toneladas na safra 2013/14, a menor em quatro anos. Os números poderiam servir de elevação para os preços do produto, mas o problema é que o consumo mundial fica em 23,5 milhões.

As informações são do último relatório do Icac (International Cotton Advisory Committee), que classifica as demandas chinesa, indiana e paquistanesa como inconstantes para o período.

Os estoques mundiais, baixos três anos atrás --o que garantia bons preços para os produtores--, sobem rapidamente. Na safra 2011/12 eram de apenas 15 milhões de toneladas, mas deverão atingir 20 milhões em 2013/14.

A produção recua na China e nos Estados Unidos, mas cresce na América do Sul, principalmente devido a uma maior produtividade, segundo avaliação do Icac.

A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) confirma evolução de área e de volume a ser colhido no Brasil. Os dados mais recentes do órgão apontam para uma área de até 1,1 milhão de hectares, 22% mais do que na safra 2012/13.

Se confirmada essa área e o clima ajudar, a safra nacional ficará em 1,7 milhão de toneladas de pluma, 28% mais do que na anterior, segundo os dados da Conab.

Em Mato Grosso, principal produtor, a área será de 581 mil hectares, 28% mais. Desta área, 251 mil serão semeados na primeira safra.

Já a produção de algodão em pluma do Estado vai a 835 mil toneladas, 22% mais do que no ano passado, segundo dados do Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária).

O patamar de preço do algodão não é ruim, se comparado ao de 2012. Por isso, continua estimulando o aumento de área na safra 2013/14 do Brasil, segundo Daniele Siqueira, da AgRural.

A estimativa de pouca demanda externa e de estoques elevados na China não deve deixar o setor muito animado, segundo Siqueira.

Para Rafaela Spolidoro, analista de algodão do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), as vendas internas estão com preços mais vantajosos do que as exportações.

Um dos motivos, de acordo com a analista, é a redução de importações de algodão pela China.

Incêndio Um dos efeitos do incêndio nos terminais da Copersucar é que a produção do setor sucroenergético deste ano deverá ficar mais alcooleira do que se previa inicialmente.

Problemas na saída Com dificuldades para exportar açúcar, muitas usinas vão elevar o percentual de cana destinada à produção de álcool.

Como está Os dados mais recentes da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), referentes à segunda quinzena de setembro, indicam um mix de 53,2% da cana para o álcool. Eram 51,4% há um ano.

Custos Os produtores de Mato Grosso vão gastar R$ 5.295 por hectare para produzir algodão na safra 2013/14. Esse valor é inferior ao de julho, quando os gastos estavam estimados em R$5.500.

Redução Os dados são do Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária), que atribui a queda a uma redução nos custos dos fertilizantes e dos defensivos.

Diferenças 1 As estimativas de produção de trigo do governo argentino e da Bolsa de Cereais de Buenos Aires estão muito distantes, conforme os dados da semana passada. Mas as diferenças não ocorrem devido à área.

Diferenças 2 O maior ponto de discórdia entre os dois órgãos é a produtividade. Enquanto o governo prevê 43,1 sacas por hectare, a Bolsa estima 47,7. O Usda vai além e estima 51,3 sacas.

DE OLHO NO PREÇO

Cotações

Mercado interno

Milho
(R$ por saca)18,64

Café
(R$ por saca)249,00

Chicago

Soja
(US$ por bushel)13,03

Milho
(US$ por bushel)4,44


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