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Gastos de turistas batem novo recorde

Brasileiros deixam no exterior em setembro US$ 2,168 bi, maior valor da história para o mês; no ano, já são US$ 19 bi

Despesas superam em US$ 13,896 bilhões as dos estrangeiros no Brasil; número surpreendeu o BC

DE BRASÍLIA

Ao contrário do que esperava o Banco Central, os gastos de brasileiros com viagens a outros países continuam batendo recordes, mesmo com as incertezas sobre a trajetória do dólar.

As despesas de turistas no exterior somaram US$ 2,168 bilhões em setembro, maior valor para o mês. O gasto acumulado no ano também é o mais elevado já registrado no período: US$ 18,937 bilhões.

Os números surpreenderam o BC, que esperava um arrefecimento nesses gastos, reconheceu o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel.

"Essa despesa tem crescido de uma forma consistente há bastante tempo. Havia expectativa de que pudesse mostrar uma moderação, mas de fato não ocorreu", disse.

Na sua avaliação, o crescimento das viagens ao exterior reflete o aumento da renda da população.

Questionado se não era também consequência dos preços altos no Brasil, disse que os brasileiros podem estar aproveitando promoções de viagens em países que estão com a economia mais fraca, como Europa e EUA.

SALDO

A diferença entre os gastos de turistas estrangeiros aqui e dos brasileiros lá fora no acumulado do ano está negativa em US$ 13,896 bilhões. O rombo recorde é um dos fatores que pesam sobre o deficit total do país em conta corrente, de US$ 60,4 bilhões.

Apesar do forte crescimento dessa deficit, Maciel não o considera preocupante porque ele está sendo financiado, em grande parte, por investimento produtivo.

De acordo com o BC, entraram no ano US$ 43,782 bilhões nessa modalidade de capital que, por ser menos volátil que o capital financeiro, é considerado a melhor forma de financiar o deficit em conta-corrente.

Considerando demais fontes de capital financeiro, entraram até setembro US$ 63,917 bilhões, valor suficiente para compensar o rombo nas trocas de bens, serviços e rendas com o exterior.

Neste ano, a entrada de recursos em títulos de renda fixa soma US$ 26,702 bilhões, quase o triplo do mesmo período do ano passado.

Segundo Maciel, essa alta reflete a retirada do imposto de 6% que havia sido criado em 2011 sobre parte desse tipo de aplicação com objetivo de limitar a entrada de recursos quando o real estava muito valorizado.


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