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Médico perdeu 97% com aposta em petroleira de Eike

OGX tinha 52 mil acionistas pessoa física, 8,6% dos investidores da Bolsa

Mesmo minoritários, acionistas são os últimos a receber, atrás de funcionários, fornecedores e bancos

MARIANA SALLOWICZ DO RIO

"Caí no canto da sereia." É a definição que o médico Rogério Kuga, 40, dá ao seu investimento nas ações da OGX, petroleira de Eike Batista, que entrou anteontem em recuperação judicial.

Kuga apostou no forte desempenho projetado para a companhia do megaempresário e vendeu ações de empresas como Petrobras, Bradesco e Vale para colocar tudo nos papéis da OGX.

"Coloquei na OGX diante de toda aquela perspectiva promissora para a empresa. Achava que os papéis estavam baratos", disse, sem revelar o valor que aplicou.

O preço médio das ações compradas por Kuga foi de R$ 4,90. Ontem, os papéis fecharam cotados a R$ 0,13 --uma desvalorização de 97,35%.

O economista Aurélio Valporto, 50, também se frustrou. "Comprei ações de uma empresa que dizia ter descoberto muito petróleo, o que não se mostrou real. Foi uma fraude", diz. "Ele [Eike Batista] vendeu uma série de ações em maio e junho, pouco antes de anunciar que os poços eram secos."

Até abril, dado mais recente disponível, havia 51,9 mil investidores pessoas físicas na OGX --8,6% dos 600,9 mil investidores pessoas físicas na BM&FBovespa.

No início de julho, a companhia informou que pode parar em 2014 o seu único campo de petróleo em produção, o de Tubarão Azul.


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