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SP pode ter 1º aeroporto privado do país

Projeto do empresário Rogério Penido, orçado em mais de R$ 250 milhões, aguarda autorização do governo

Aerovale, que está sendo construído na região de Caçapava, deverá estar pronto em maio do próximo ano

MÁRCIO NEVES DE SÃO PAULO

Em uma área equivalente a 278 campos de futebol entre as rodovias Carvalho Pinto e Presidente Dutra, na região de Caçapava (a 123 km de São Paulo), máquinas abrem espaço para o que poderá ser o primeiro aeroporto comercial privado do país.

Bancado por Rogério Penido, dono de uma construtora e pavimentadora que leva o seu sobrenome, em São José dos Campos (SP), o planejamento para o aeroporto começou há dez anos e foi visto como audacioso por outros empresários da região.

Só para obter as licenças que permitiram o início das obras foram gastos sete anos, e foi necessária a criação de um plano diretor que limita a ocupação do solo no entorno.

O projeto, batizado de Aerovale, está orçado em mais de R$ 250 milhões bancados por Penido do próprio bolso.

Com uma pista de 1.530 metros, 390 metros menor que a pista principal do aeroporto de Congonhas e 227 metros maior que a do Santos Dumont, no Rio de Janeiro, o aeroporto incluirá um terminal de passageiros para aviação comercial e executiva, heliportos e um conjunto de hangares.

O objetivo é receber voos regionais regulares de empresas aéreas comerciais, mas principalmente da aviação geral, que engloba aeronaves privadas e de táxi aéreo.

"Já temos inclusive conversas com algumas empresas aéreas", diz Penido.

A previsão é que tudo seja entregue para operação em maio de 2014, antes do início da Copa do Mundo.

O pedido de outorga para explorar o espaço e receber voos comerciais está em análise pela Secretária de Aviação Civil da Presidência.

Ouvido pela Folha, o órgão afirmou que o projeto "está em consonância com as diretrizes e estratégias de política pública para o setor de aviação civil" e que "contribui para a expansão e universalização da rede aeroportuária nacional".

A expectativa de Penido é que até dezembro o empreendimento receba a autorização para explorar o serviço.

Outras quatro empresas também solicitaram a outorga para operarem aeroportos comerciais privados no país, mas, procuradas pela Folha, ressaltaram que seus projetos estão em fases de estudos ou licenciamento e não possuem previsão para o início das operações no curto prazo.

O Aerovale pretende atrair interessados em lotes aeronáuticos para a instalação de hangares privados. Atualmente, a maioria dos hangares existentes no país é de propriedade da Infraero e operada por concessões.

Até o começo de 2014, o Aerovale pode gerar 2.000 vagas e, segundo Penido, tem potencial para criar outros 30 mil postos diretos e indiretos quando todo o complexo estiver em funcionamento.


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