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Eike demite presidente de empresa naval

Conselho da OSX segue passos da OGX e decide que vai pedir recuperação judicial, provavelmente na segunda

Angra Partners assume reestruturação; empresa de petróleo vai tirar o X do nome e virar Óleo e Gás Brasil

RENATA AGOSTINI DE BRASÍLIA RAQUEL LANDIM DE SÃO PAULO

O empresário Eike Batista demitiu ontem o presidente da OSX, Marcelo Gomes, conforme adiantou a Folha em seu site na internet. O diretor de construção naval da empresa, Ivo Dworschak Filho, assumirá a função, acumulando os dois cargos, informou a companhia.

Com a demissão, a consultoria Alvarez & Marsal, que assumiu a reestruturação da OSX em meados deste ano, deixará a companhia e a Angra Partners passará a comandar o processo, como já ocorre na petroleira OGX.

A OSX informou também, por meio de fato relevante ao mercado, que seu conselho de administração aprovou em "caráter de urgência" o ajuizamento do pedido de recuperação judicial.

Ela seguirá, assim, o caminho de sua principal cliente, a petroleira OGX, que protocolou o pedido na semana passada para se proteger da execução de dívidas de R$ 11,2 bilhões.

O pedido da OSX já era esperado e estava programado inicialmente para anteontem. A troca da presidência da companhia e acertos finais nos contratos com os credores fizeram com que o processo fosse adiado. A expectativa, agora, é que o pedido seja protocolado na segunda.

Com a saída de Marcelo Gomes, a Angra Partners reforça seu papel de comando na tentativa de salvar o que restou do "Império X". A consultoria foi contratada em agosto, substituindo o banco BTG Pactual, de André Esteves, no papel de assessor de Eike na reestruturação do grupo.

Em outubro, passou a liderar a OGX, após a demissão do então presidente, Luiz Carneiro. O executivo Ricardo K, sócio da Angra, responde desde então pelas decisões sobre os rumos da petroleira.

Agora, a consultoria assume também a empresa naval, cujo plano de reestruturação ficará a cargo de Giovanni Foragi, também sócio da Angra.

Executivos próximos a Eike avaliam a possibilidade de, no futuro, propor a fusão entre a petroleira e empresa naval. O plano, contudo, é de difícil execução. Há dúvidas se isso seria possível antes da apresentação do plano de recuperação judicial das duas empresas aos seus credores.

A OSX ficou em situação delicada diante da derrocada da petroleira de Eike. A empresa foi criada justamente para dar suporte à campanha exploratória da OGX --que vai tirar o X do nome e virar Óleo e Gás Brasil.

A decisão de recorrer à recuperação judicial foi selada na terça, após o comando da OSX finalizar uma negociação com os bancos credores, que permitiu rolar dívidas de curto prazo de R$ 1 bilhão.

Os financiamentos, concedidos por Caixa e BNDES, têm Votorantim e Santander como garantidores. Ficou acertado que essa dívida só será paga em outubro de 2014.


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