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Economia criativa faz escolas de arte seguirem estratégias diversas

Várias unidades, aulas on-line, bacharelado e flexibilidade são 4 dos caminhos escolhidos

Profissões como moda, arte, arquitetura, fotografia e publicidade crescem em vagas de trabalho e em receita

DE SÃO PAULO

A economia criativa já movimenta quase 3% do PIB e gera pelo menos 30% dos novos empregos no país, segundo a consultoria Seragini Design. A nova demanda aquece o mercado de cursos livres, mais flexíveis que as universidades.

Fundada em 2007, nos últimos anos a escola gaúcha Perestroika desembarcou no Rio e em São Paulo, com cursos tão diversos como arte urbana (ministrado por grafiteiros), pôquer profissional, alfabetização digital e apresentações em PowerPoint.

A escola começou em "um espaço pelo qual só tínhamos que pagar se usássemos. Se não tinha aluno, não tinha curso nem custo", diz o publicitário Tiago Mattos, um dos três sócios fundadores.

No ano passado, 2.300 pessoas passaram pelas três unidades da escola, que cresce 25% anuais e deve faturar neste ano R$ 4,2 milhões.

Em 2014, a Perestroika inaugura filiais em Belo Horizonte, Brasília, Curitiba e São Francisco (EUA).

"Preferimos ter dez unidades em dez cidades a uma única escola grandona."

A Escola São Paulo, fundada em 2006, também foge do gigantismo. Mas, em vez de espalhar novas escolas físicas, optou pelo meio digital.

A Escola São Paulo Online é uma parceria com Diogo Boni, 35, sócio da Entende, empresa de ensino à distância. Os primeiros cursos acabam de estrear e custam, em média, R$ 150.

O quadro docente tem professores de renome, como Vik Muniz, Adriana Varejão, Marcio Kogan e Glória Coelho.

Em uma das aulas, o designer Marcelo Rosenbaum vai ensinar a fazer uma cadeira com madeiras de sucata recolhidas de uma caçamba.

Isabella Prata, fundadora da ESP, acredita que, em cinco anos, o ensino à distância vai superar a escola física.

Segundo Boni, o objetivo é alcançar 15 mil alunos no primeiro ano e 70 mil em cinco anos, com um faturamento de R$ 9 milhões.

A escola italiana de moda, design e artes visuais IED (Istituto Europeo di Design) começou com cursos de extensão, mas obteve certificação do MEC para virar faculdade.

"A família brasileira é muito tradicionalista e o jovem busca um diploma", diz o diretor, Victor Megido.

Além de cursos livres, o IED oferece graduação técnica e está em processo de certificação para oferecer bacharelado, concorrendo diretamente com faculdades como Faap, Mauá, Belas Artes e Anhembi Morumbi.

"O potencial de crescimento é muito grande", diz Megido. "As disciplinas ligadas à economia criativa são menos de 5% dos cursos de ensino superior no Brasil."

Em 2014, o IED desembarca no Rio, inicialmente com cursos de extensão. A esco- la também lança, em parceria com a FGV do Rio de Janeiro, um MBA de "design management".

Pioneira no mercado de cursos livres, a Panamericana, que neste ano completou 50 anos, chegou a pensar em virar faculdade, mas desistiu.

"Descobrimos que o grande valor do nosso modelo de ensino é ser livre. Nas áreas criativas, flexibilidade é importante", diz o diretor, Alex Lipszyc.


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