Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Presidente agrada mais em reunião que em discurso

MARIA CRISTINA FRIAS ENVIADA ESPECIAL A DAVOS

A grande maioria dos empresários e executivos brasileiros que assistiram ao primeiro discurso da presidente Dilma Rousseff na plenária do Fórum Econômico Mundial de Davos avaliou como positiva a sua vinda, porém fraca e desinteressante a fala da chefe do Executivo brasileiro.

Alguns deles, que estiveram em uma reunião seguinte restrita a um grupo seleto de participantes, consideraram, no entanto, que o desempenho de Dilma melhorou neste evento.

A expectativa da maioria dos brasileiros antes da chegada da presidente não era das mais animadas.

De quase todos, que pediam anonimato, ouvia-se que ela viria com o mesmo discurso morno, cheio de números e nenhum destaque, de sempre.

"Estou até com medo de que ela fale alguma bobagem por perder a paciência se fizerem alguma pergunta mais dura", dizia momentos antes um peso-pesado da economia nacional.

A fala de Dilma, porém, prolongou-se tanto que nem Klaus Schwab, o fundador do fórum, pôde fazer suas tradicionais perguntas que levantam a bola do chefe de Estado da vez, antes de passar o microfone para o público.

A presidente não economizou em dados e não empolgou a audiência, sem distinção entre empresários do setores financeiro e produtivo.

"OLHO NO OLHO"

Na saída, a apatia era visível nos que deixavam a principal sala do centro de convenções, que ficou mais cheia do que na apresentação de Enrique Peña Nieto, presidente do México, atualmente o mais queridinho entre os latinos.

Pelo menos Dilma não comprometeu, nem piorou a situação, afirmaram muitos.

"Faltou finalizar com algo mais pessoal, mais olho no olho, menos formal", avaliou um alto executivo.

Para outros, ela poderia ter feito algum anúncio, em vez de evocar números já bem conhecidos. O público de Davos quer resultados, afirmavam.

"Anúncios sobre o fiscal eu farei no Brasil, não aqui", respondeu Dilma quando indagada por um participante brasileiro se ela não poderia sinalizar algo mais positivo no lado fiscal em Davos, de acordo com pessoas que estiveram no encontro a portas fechadas.

Para alguns, em ambiente menor, onde a presidente pulou o discurso e abriu diretamente para perguntas, como fez também no encontro com o International Media Council, o resultado foi melhor.

Executivos, inclusive estrangeiros, segundo relatos, consideraram que a presidente demonstrou uma boa desenvoltura no trato de temas complexos, a partir das questões colocadas sobre segurança cibernética, área médica, etanol e petróleo. Passou uma imagem técnica, opinaram.

"Foi positivo. Para quem não esperava nada, não foi uma decepção."


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página