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Após críticas, empresas deixam ousadia de lado e exibem comerciais meigos no Super Bowl

Maioria das propagandas tinha tom de ternura; em 2013, peças sexistas ou sarcásticas foram alvo de queixas

STUART ELLIOTT DO "NEW YORK TIMES"

Quase todo mundo parecia aliviado com o fato de o primeiro Super Bowl disputado em estádio aberto em uma região de inverno intenso não ter sido jogado na neve. E os exageros publicitários a que o jogo serve de pretexto foram todos bem comportados.

A maioria dos comerciais veiculados pela Fox na transmissão em rede aberta nos EUA da partida final da temporada 2013-14 do futebol americano tentava invocar sentimentos ternos para aquecer o coração dos telespectadores, se não as arquibancadas do MetLife Stadium. O público de TV e das mídias sociais foi exortado a esquecer seus problemas e sorrir.

Um comercial para o ketchup Heinz exortava o consumidor a assobiar "If You're Happy and You Know It" e concluía que "onde existe felicidade é preciso existir Heinz".

A rainha da ternura, Ellen DeGeneres, foi a estrela de um comercial da Beats Music, no qual ela e animais dançarinos "dançavam felizes para sempre".

Num comercial para a GoDaddy, no passado recente a rainha das insinuações no Super Bowl, o narrador cantava sobre a felicidade e sobre um "belo dia", e em outro filme para a companhia o site ajudava uma mulher a realizar seu sonho de criar uma empresa.

A Axe, outra marca que costumava recorrer ao sexo em seus comerciais, veiculou um filme sobre sua nova linha de produtos de cuidados masculinos Axe Peace, que mais do que ternura exibia quase santidade, em uma homenagem à paz mundial.

Houve também muppets cantores promovendo a Toyota; dois da T-Mobile, estrelados por um cara legal que se saiu mal, o quarterback desempregado Tim Tebow; e um filme sentimental que combinava um cavalo e um cachorrinho, da Budweiser --grande hit on-line antes do jogo.

Para sublinhar esse aspecto --com muita ternura, claro--, a Hyundai exibiu um comercial chamado "Nice" para o seu modelo Innocean, promovido pela montadora nas redes sociais com o hashtag #NiceHashtag.

Alguns comerciais fofos tentavam combinar amabilidade e um lado tosco. O comercial da Heinz terminava com piada sobre flatulência. Um filme da Volks --inspirado por uma fala sobre "as asas dos anjos" no clássico hollywoodiano "A Felicidade Não se Compra"-- acabava com uma brincadeira sobre um arco-íris saindo do traseiro.

Mas o tom era mais de flores e arco-íris do que de mordidas de cachorro ou picadas de abelha. O motivo primordial para a abordagem mais terna parece ser a reação adversa a comerciais de Super Bowl vistos como sexistas, como produções da GoDaddy para edições passadas do jogo, ou sarcásticos demais, como os filmes do GroupOn e HomeAway em 2011.

As duas companhias foram forçadas a pedir desculpas por seus comerciais e a reeditá-los, diante de queixas generalizadas por sua desconsideração e insensibilidade.


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