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Texas prospera com custo e imposto baixos

Terra e casas baratas e burocracia e tributos reduzidos levam 'Estado da Estrela Solitária' a boom populacional

Houston, Dallas e Austin estão entre as cidades que mais crescem nos EUA; economista alerta para efeitos negativos

LUCAS FERRAZ ENVIADO ESPECIAL A HOUSTON (TEXAS)

Terra que atraiu milhares de forasteiros em diferentes períodos dos últimos dois séculos, o Texas vive um novo boom demográfico e desponta como o mais promissor Estado no processo de recuperação econômica dos EUA.

A receita seduz sobretudo a classe média: terra e casas baratas, poucas regulações para criar ou contratar empresas e impostos reduzidos.

Estão no Texas 4 das 10 áreas metropolitanas que encabeçam a lista de criação de empregos nos EUA --sobretudo devido à indústria do petróleo, principal atividade econômica. Houston, Dallas e Austin, a capital do Estado, estão entre as cinco cidades que mais crescem no país.

Por dia, segundo dados do governo estadual, 1.300 pessoas se mudam para aquele é conhecido como "O Estado da Estrela Solitária". Segundo o Censo americano, em 2012, mais de 106 mil pessoas se mudaram para lá.

Pesquisa do Pew Center mostra que 75% dos adultos que nasceram no Texas continuam no Estado --taxa mais elevada dos EUA.

"Aqui há muitas oportunidades", afirma o segurança filipino Marlon Bonifacia, 48, que mora nos EUA desde os 15 anos. Após viver por 28 anos em Nova Jersey, na Costa Leste, ele se mudou em 2008 para Houston com a mulher e os dois filhos.

"Gasto muito menos para viver aqui. Não falta trabalho e agora posso pensar em comprar minha própria casa."

Segundo dados da pesquisa Accra, compilada por economistas americanos, entre as principais regiões metropolitanas dos EUA, Houston é a que tem o menor custo de vida, atrás de capitais como Atlanta e Chicago, e muito longe de San Francisco ou Nova York, as mais caras.

Um morador do Texas paga muito menos pelo equivalente americano do Imposto de Renda --o Estado é um dos sete do país que isentam os residentes das taxas estaduais. O imposto anual per capita está em torno de US$ 3.500, muito abaixo da cifra média da Califórnia (US$ 4.900) e de Nova York (US$ 7.400).

O economista americano Tyler Cowen assinou artigo em outubro passado, que foi capa da revista "Time", em que diz que o Texas é o futuro dos EUA. Para ele, o Estado se beneficia com a redefinição da economia americana como um todo: esvaziamento da classe média, aumento do custo de vida nos centros populacionais estabelecidos e a busca por um modelo mais simples e barato para viver e fazer negócios.

Contudo, ele alerta para os efeitos colaterais desse modelo: precarização do trabalho, desigualdade salarial e proteção social reduzida.


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