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Fusão vai deixar mercado de banana nas mãos de americanos e irlandeses

Negócio entre Chiquita Brands e Fyffes, avaliado em US$ 1,1 bi, criará a líder mundial no mercado da fruta; ações disparam

A marca Chiquita Banana surgiu nos anos 1940, em remissão a Carmem Miranda --o logo é uma mulher com chapéu de frutas

DE SÃO PAULO

Embora os maiores exportadores de banana no mundo sejam Equador, Costa Rica e Colômbia, a mais nova gigante do setor vem do clima temperado: a irlandesa-americana ChiquitaFyffes.

A fusão da americana Chiquita Brands e da irlandesa Fyffes foi anunciada ontem e criará a maior empresa de bananas do mundo, com receitas anuais de US$ 4,6 bilhões.

A Irlanda não produz bananas. Os EUA, quase nada --8.000 toneladas ao ano, ante 8 milhões do Equador. Toda a produção das duas empresas se concentra em terras tropicais nas Américas (inclusive no Brasil) e na África, tanto em fazendas próprias quanto de terceiros.

As duas empresas começaram, ainda no século 19, como importadoras de frutas. No caso da Chiquita, seu fundador, Lorenzo Dow Baker, começou o negócio comprando 120 cachos de banana na Jamaica em 1870, revendendo-os 11 dias depois em Nova Jersey e, em seguida, reinvestindo o lucro.

Ao longo das décadas, através de expansões, fusões e compras, as empresas foram dominando as outras partes da cadeia de produção. A marca Chiquita Banana surgiu nos anos 1940, em remissão à brasileira Carmem Miranda --o logo da empresa é uma mulher com um chapéu de frutas.

A Chiquita já esteve envolvida em controvérsias. Em 2007, a companhia aceitou pagar US$ 25 milhões em multas após admitir à Justiça dos Estados Unidos ter pago US$ 1,7 milhão a paramilitares em troca de "proteção", entre 1994 e 2004.

A nova empresa também atuará nos mercados de melão, abacaxi e de saladas. Estará em mais de 70 países e terá 32 mil funcionários.

As ações da empresa serão negociadas na Bolsa de Nova York, mas a sede da nova líder do setor será a nada tropical Dublin --de agora em diante, a capital mundial da banana.

O NEGÓCIO

Com a fusão avaliada em US$ 1,1 bilhão, a ChiquitaFyffes vai ter cerca de 29% do mercado mundial de bananas, superando a norte-americana Dole.

Mas o negócio pode encontrar dificuldades para ser aprovado pelas autoridades regulatórias, especialmente na Europa, já que cerca de 80% do mercado global da fruta está nas mãos de quatro empresas.

A americana Del Monte tem fatia expressiva, além de Fyffes, Chiquita e Dole.

A expectativa é que ele seja fechado até o fim deste ano.

Os acionistas da Chiquita terão 50,7% da nova empresa, com os demais 49,3% ficando nas mãos dos investidores da Fyffes.

Ontem, com o anúncio do negócio, as ações da companhia irlandesa subiram 46%, já as da Chiquita tiveram valorização de 11%. Com a fusão, as companhias esperam economizar cerca de US$ 40 milhões ao ano até 2016.


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