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Saldo comercial terá menor ajuda artificial

Venda de plataforma de petróleo elevou exportação de 2013; equipamento não sai do país

RENATA AGOSTINI DE BRASÍLIA

O governo terá ajuda menor da venda de plataformas de petróleo para engordar o saldo comercial do país no ano, o que tornará mais difícil alcançar resultado positivo esperado para 2014.

A Petrobras planeja receber duas novas unidades, diante das sete de 2013.

Juntas, as plataformas devem render cerca de US$ 2,4 bilhões em exportações, 70% a menos do que o registrado com a venda desses equipamentos no ano passado.

A situação da balança comercial neste ano é delicada. Até fevereiro, as importações superaram as exportações em US$ 6,2 bilhões, deficit quase 20% superior ao do primeiro bimestre de 2013, que já era considerado preocupante.

No ano passado, o saldo positivo de US$ 2,6 bilhões registrado até dezembro só foi possível com a venda contábil ao exterior de sete plataformas de petróleo contratadas pela Petrobras, que inflaram as exportações brasileiras em US$ 7,8 bilhões.

A exportação é fictícia. Após ficar pronta, a plataforma é vendida a uma empresa estrangeira, que a aluga a petroleira no Brasil. O equipamento não sai do país.

A operação acontece por meio do Repetro (Regime Aduaneiro Especial de Exportação e Importação). Ao usar o mecanismo, as empresas pagam menos impostos.

A estimativa do valor de exportações das duas plataformas foi feita pela AEB (Associação de Comércio Exterior) e confirmada por especialistas de petróleo consultados pela Folha. A Petrobras não divulga o valor das unidades.

A associação afirma que sua projeção de superavit comercial de US$ 7,2 bilhões para este ano, divulgada em dezembro, já não é mais válida.

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio reafirmou neste mês que segue apostando em superavit. A pasta não quis esclarecer se a projeção contempla o cálculo das plataformas.


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