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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

China reduz safra de soja em 5%, diz Conab

Agora é oficial: a safra 2013/14 de grãos sofreu uma quebra devido ao calor e à estiagem que atingiu regiões produtoras entre o fim do ano passado e o início de 2014.

Ontem, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) cortou em 4,9 milhões de toneladas a sua projeção para a produção de grãos na atual safra, de 193,6 milhões para 188,7 milhões de toneladas. Se confirmado, esse volume será apenas 0,7% superior ao da safra passada, mas ainda um recorde.

Só na soja, as perdas serão de 4,6 milhões de toneladas, por causa da seca e das altas temperaturas. Em alguns Estados, como Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, o problema é o excesso de chuvas, que atrasam a colheita.

A nova previsão da Conab é de uma safra de 85,4 milhões de toneladas de soja --queda de 5% em relação à estimativa de fevereiro.

A projeção, uma das baixas do mercado, também levou o órgão a mudar sua previsão para as exportações da oleaginosa, agora estimadas em 45 milhões de toneladas, ante 48 milhões em fevereiro.

Um aspecto não mudou: a produção de soja voltará a ser recorde, com um crescimento de 4,8% ante a anterior, graças ao aumento de 7,4% na área, já que a produtividade deve recuar 2,4%.

Os dados da Conab confirmam que o milho também sofreu com o clima. O órgão reduziu em 3,7% a sua estimativa para a primeira safra do cereal, que ficará em 31,4 milhões de toneladas.

Quanto à segunda safra de milho, que é a principal, há "grandes indefinições em relação à intenção de plantio", diz a Conab. O órgão elevou a sua estimativa para a produção em 2,2%, para 43,8 milhões de toneladas, mas listou uma série de ameaças para que o número se confirme.

O atraso na colheita de soja e --como consequência, o do plantio do milho safrinha-- contribui para a incerteza do agricultor, que ainda pode optar por outras culturas.

Além disso, o retardamento no plantio em alguns Estados, como em Mato Grosso do Sul, aumenta a probabilidade de que as lavouras sejam afetadas por geadas. E a expectativa de redução no uso de tecnologia também pode reduzir a produtividade.

Para a colheita total de milho, houve uma leve redução de 0,4% na estimativa, agora em 75,2 milhões de toneladas.

Cultivo do grão na safrinha preocupa

Identificada pela Conab, a intenção de plantio da soja na segunda safra, em áreas nas quais ocorreu a colheita da safra de verão, preocupa.

Segundo Wanderlei Dias Guerra, coordenador de Defesa Vegetal do Ministério da Agricultura em Mato Grosso, há indícios de que pelo menos 200 mil hectares nessas condições podem receber a oleaginosa na safrinha.

"Menos de 5% da safrinha pode prejudicar 100% da safra de verão", diz. Segundo ele, a soja colhida tardiamente foi fortemente afetada pela ferrugem, e o seu controle pode ser inviável no caso de replantio da oleaginosa.

Além de gastar mais com defensivos agrícolas e obter uma baixa produtividade na safrinha, essa prática pode afetar seriamente a produção de soja na safra 2014/15, diz.

Consequência Com os ajustes nas estimativas de produção, a projeção da Conab para os estoques finais de grãos caiu 3% em relação a fevereiro, calcula a consultoria GO Associados.

Quem reduz Além da soja e do milho, também houve reduções nas projeções para os estoques finais de feijão, trigo e algodão em pluma.

Inversão A colheita de café deve somar 48,7 milhões de sacas neste ano, segundo o IBGE. O volume será quase estável ante 2013, mas representará o segundo ano consecutivo de baixa na cultura --o que não ocorria havia 21 anos.

Causa A queda na área e o menor rendimento do café explicam a exceção de 2014.

TRIGO
+3,73%
Ontem, em Chicago

AÇÚCAR
-2,00%
Ontem, em Nova York


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