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Burocracia deixa "Turma da Mônica" de mãos amarradas

ANDRÉIA SADI VALDO CRUZ DE BRASÍLIA

Nem a presidente Dilma nem o PMDB, o centro das atenções em jantar de empresários com o vice-presidente, Michel Temer (PMDB), em Brasília, foi o cartunista e empresário do setor de entretenimento Maurício de Sousa.

Aos presentes o criador da "Turma da Mônica" disse que seu negócio foi alavancado nos governos de Lula e Dilma, com o crescimento da classe média, mas fez fortes críticas contra o custo Brasil.

"Estou pronto para voar, mas estou de asas amarradas", disse, criticando os elevados custos no país.

No jantar, anteontem, ele citou que a despesa de impressão no exterior chega a ser um terço da cobrada no Brasil. Concordou ainda com crítica de um empresário do setor de tecnologia sobre a burocracia brasileira, reclamando da demora na aprovação de licença de produtos.

Antes de bater nos custos, o cartunista fez questão de ressaltar como seu negócio cresceu nos últimos anos.

"Eu não posso reclamar", afirmou, dizendo que até pouco tempo a Disney dominava o mercado editorial infantil no Brasil. Agora, segundo ele, seu grupo controla a maior parte desse setor.

Foi aí que ele disse que, apesar de seu negócio ter crescido, agora sente dificuldades para dar novos saltos, o que motivou um participante a fazer o seguinte comentário para a reportagem: "Resumo do jantar, nem Mônica nem Cebolinha estão satisfeitos com o país".

CRISE POLÍTICA

Já Michel Temer, convidado principal do jantar, deixou parte dos presentes frustrada ao não comentar, em sua fala, a crise do PMDB com o governo Dilma.

"Ele não tocou diretamente no tema", disse um participante, lembrando que, na chegada, o vice chegou a ser provocado sobre o assunto.

Em sua fala, Temer preferiu fazer uma análise sobre como os governos FHC e Lula basearam suas administrações em elementos da Constituição de 1988.

FHC, segundo ele, focou o aspecto liberal do texto constitucional. Já Lula, disse o vice, enfatizou a questão social.

O vice-presidente tem conversado constantemente com empresários. No ano passado, fez duas grandes reuniões em São Paulo: uma com o setor financeiro e de infraestrutura, em que houve muitas reclamações, e outra, organizada por João Dória, mais leve'', segundo interlocutores.


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