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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

Alta no preço do boi deve estimular investimento

Após um longo período de margens apertadas --às vezes até negativas--, o pecuarista tem um cenário favorável para retomar os investimentos: preço do boi gordo em alta e demanda firme no mercado externo e interno.

Nos últimos 12 meses, o valor da arroba do boi subiu 32% em São Paulo, atingindo ontem R$ 127, segundo a Informa Economics FNP. Há um ano, o preço era de R$ 96 --nível que ficou para trás.

"Ninguém no setor trabalha mais com a arroba abaixo de R$ 100", diz Luiz Claudio Paranhos, presidente da ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu).

Para ele, esse novo patamar é sustentável e dá tranquilidade ao produtor para investir. Com a demanda aquecida no país e no exterior, ele não vê quedas significativas nos preços, mesmo no auge da safra, em maio.

Já uma possível retração no consumo, provocada pela alta nos preços ao consumidor, pode limitar novos aumentos. A oferta restrita de animais para o abate, porém, deve manter firme o preço do boi.

"Parece que essa alta vai ser um pouco mais sustentável do que em anos anteriores", diz Pedro Novis, presidente da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil.

Se o pecuarista realmente sentir que a valorização recente no preço do boi não é uma bolha, haverá aumento nos investimentos a partir do segundo semestre deste ano, afirma José Vicente Ferraz, da Informa Economics FNP.

Esse movimento vai se refletir no aumento das vendas de produtos para nutrição animal, herbicidas para a reforma das pastagens e de gado para reprodução.

O presidente da Acrisul (associação dos criadores de Mato Grosso do Sul), Chico Maia, confirma a tendência. Como a área destinada à pecuária diminui, devido ao maior uso da terra para agricultura e florestas plantadas, o uso de tecnologia para melhorar o rendimento tornou-se necessidade, afirma.

Segundo Paranhos, da ABCZ, a produtividade da pecuária nacional pode "facilmente" subir de um para dois animais por hectare.

Em maio, a entidade realiza, pela primeira vez, uma feira de tecnologia e de máquinas para a pecuária. A Expozebu Dinâmica ocorrerá simultaneamente à Expozebu, tradicional feira de genética bovina em Uberaba (MG).

Crédito 1 O estoque de CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio) atingiu R$ 1,2 bilhão em fevereiro na Cetip (depositária de títulos privados de renda fixa e câmara de ativos privados). O volume representa um crescimento de 54% em relação ao mesmo período de 2013.

Crédito 2 Os investimentos nas Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) também aumentam. Segundo a Cetip, houve evolução de 27% nos últimos 12 meses, com R$ 30,2 bilhões em estoque ao final de fevereiro.

Para o agronegócio Os valores captados por meio desses instrumentos (CRAs e LCAs) são destinados a financiamentos da cadeia produtiva do agronegócio.

TRIGO
+2,67%
Ontem, em Chicago

PRATA
-1,94%
Ontem, em Nova York

Importação de vinho tem a 1ª queda desde 2008

A alta do dólar segurou as importações de vinhos e espumantes no ano passado.

O volume importado caiu 9,2% em 2013, atingindo 72,2 milhões de litros, segundo a Secretaria de Comércio Exterior. Foi a primeira queda desde a crise financeira de 2008.

Também impulsionada por ações promocionais, a participação dos vinhos brasileiros no mercado interno subiu de 29% em 2012 para 33% em 2013, segundo o Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho).

Nos dois primeiros meses deste ano, as importações subiram 12%, mas o Ibravin diz que ainda é cedo para falar em reversão da tendência.

As estatísticas podem sofrer distorções em períodos curtos, diz Carlos Paviani, diretor do Ibravin. A expectativa para 2014, segundo ele, continua sendo positiva.


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