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BC dos EUA indica que juro subirá mais cedo que o esperado

Na primeira reunião sob o comando de Janet Yellen, Fed dá a entender que começará a elevar taxa no 1º semestre de 2015

Autoridade monetária corta mais US$ 10 bi de programa de estímulos; Bolsas americanas reagem mal e recuam

ISABEL FLECK DE NOVA YORK

O Federal Reserve, banco central dos EUA, indicou que os juros podem começar a subir antes que o esperado.

Após encerrar a primeira reunião do comitê de política monetária (Fomc) como presidente do Fed, Janet Yellen disse que o aumento pode vir seis meses após o fim do programa de estímulos --que, por sua vez, poderia ocorrer a partir de setembro, segundo ela.

Isso sugeriria juros mais altos já em abril de 2015. O consenso no mercado era que as taxas começariam a subir só no segundo semestre.

As Bolsas nos EUA reagiram mal à declaração e fecharam em queda (leia ao lado).

Para o Brasil e outras economias emergentes, o cenário do aumento de juros nos EUA não é bom, já que acaba tornando o mercado americano mais atraente para investimentos e gerando uma saída de dólares desses países. Com isso, as moedas locais, como o real, tendem a se desvalorizar.

A previsão atual do Fed é que as taxas atinjam 1% até o fim de 2015 e 2,25% em 2016. Em dezembro, as estimativas para os mesmos períodos eram de 0,75% e 1,75%. As novas previsões só confirmam a possibilidade de que os juros comecem a ser elevados no primeiro semestre de 2015.

Os juros básicos estão entre zero e 0,25% desde o fim de 2008 (quando a economia americana estava em recessão), e a posição do banco central era que eles permaneceriam nessa margem enquanto a taxa de desemprego não ficasse abaixo de 6,5%.

Ontem, contudo, o Fed também anunciou que não irá mais usar o gatilho de 6,5%, mas uma grande variedade de dados antes de elevar o juro. Em janeiro, a taxa de desemprego atingiu 6,6% --perto do limite estabelecido.

O comitê vai considerar agora as condições de mercado de trabalho, indicadores e projeções de inflação, além de leituras sobre desenvolvimento financeiro.

"A nova orientação não indica nenhuma mudança nas intenções de política do comitê, mas reflete mudanças nas condições que enfrentamos", afirmou Yellen, destacando que o parâmetro de 6,5% teve um impacto "muito útil" em 2013.

"Desde então, o avanço no mercado de trabalho tem sido mais rápido do que esperávamos", afirmou.

CORTE DE ESTÍMULOS

O banco também decidiu seguir com os cortes em seu programa de estímulos e reduzir a injeção, via compra de títulos, em mais US$ 10 bilhões, para US$ 55 bilhões por mês. É o terceiro corte seguido do programa iniciado em 2012 e cujos estímulos chegaram a US$ 85 bilhões.

Segundo o comitê, a economia americana tem dado sinais de avanço, apesar de ter sofrido com o inverno rigoroso nos últimos meses, que reduziu o ritmo de atividade.

"Há uma força suficiente na economia ampla para apoiar a melhoria nas condições no mercado de trabalho", diz o documento.

O Fed também divulgou, ao fim do encontro, novas projeções para a economia americana, em que prevê um crescimento levemente menor do que a estimativa anterior.

Em dezembro, a previsão era que alta do PIB seria de 2,8% a 3,2% neste ano. Agora, a estimativa fica entre 2,8% e 3%. Para 2015, a projeção é de 3% a 3,2%, ante 3% a 3,4% previstos em dezembro.


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