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Tomate fica 28,5% mais caro em março

Impulsionado pela seca, aumento dos alimentos preocupa BC, e analistas veem espaço para juros subirem mais

Passagem aérea, que subiu 27%, foi a grande vilã, ao representar 0,11 ponto percentual do IPCA-15 de 0,73%

OSNI ALVES DO RIO

Sob impulso dos alimentos e dos transportes, o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15), a prévia da inflação oficial, avançou 0,73% em março.

O índice é ligeiramente superior ao 0,70% de fevereiro, mês pressionado pelos reajustes das mensalidades escolares, mas representa alta expressiva em relação ao 0,49% verificado em março do ano passado.

A alta de preços de alimentos e bebidas mais que dobrou: saltou de 0,52% em fevereiro para 1,11% em março.

A preocupação com o preço dos alimentos, que sobem principalmente por causa da seca nas principais regiões produtoras, foi externada nesta semana pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.

Apesar de acreditar que se trata de um choque temporário de preços, Tombini disse que o BC está pronto para agir para que esses efeitos se limitem ao curto prazo.

Desde abril passado, o BC já elevou a Selic em 3,5 pontos percentuais, para 10,75%, a fim de combater a inflação. Com os recentes sinais de pressão sobre os preços, os analistas econômicos começam a apostar que o ciclo de aperto pode se estender para maio, com mais duas altas de 0,25 ponto nos juros.

"O cenário de inflação desafiador pode levar o Copom, no comunicado após a reunião de 2 de abril, a deixar a porta aberta para mais altas", disse o diretor de pesquisa econômica do Goldman Sachs para América Latina, Alberto Ramos.

Os itens de transporte, o outro vilão da inflação do mês, passaram de deflação de 0,09% para alta de 1,22%.

Somados, alimentos e transportes representaram impacto de 0,5 ponto percentual no IPCA-15, ou 68%.

No ano, o índice já acumula alta de 2,11%, ante 2,06% no primeiro trimestre de 2013.

Já no acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA-15 ficou em 5,90%, também acima dos 12 meses imediatamente anteriores (5,65%) e mais próximo do teto da meta de inflação para o ano, de 6,5%.

AVIÃO E TOMATE

Entre os alimentos mais caros estão o tomate (28,53%), a batata-inglesa (14,59%), as hortaliças (12,72%), os ovos (3,07%) e as frutas (2,05%).

No grupo transporte, sobressaíram as tarifas aéreas (de queda de 20,36% em fevereiro para alta de 27,08%) e de ônibus urbano (de 0,38% para 1,51%) e o aumento no etanol (de 0,28% para 3,89%).

A alta de 27,08% nas tarifas aéreas as levou à liderança no ranking dos principais impactos no IPCA-15, com 0,11 ponto percentual do índice.

Os ônibus refletiram a variação de 7,14% no Rio em decorrência do reajuste de 9% em vigor desde 8 de fevereiro.


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