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Decisão da agência americana pega o mercado de surpresa

Rebaixamento deve provocar mais altos e baixos no dólar e elevar pressão por juros

MARIANA CARNEIRO DE SÃO PAULO CAROLINA MATOS

A decisão da Standard & Poor's de rebaixar a nota do Brasil na noite de ontem veio mais cedo do que esperavam analistas e investidores.

"Eu esperava que o Brasil fosse rebaixado pela agência neste ano, mas imaginava outro timing', mais para o segundo semestre", disse José Márcio Camargo, sócio da gestora Opus Investimentos.

A S&P era a única das três principais agências de risco que havia colocado a nota brasileira em perspectiva negativa, o que sugeria uma mudança na classificação brasileira no curto prazo.

Indicativo dessa surpresa foi o dia positivo no mercado ontem. O Ibovespa, principal índice da Bolsa, fechou em alta pelo sexta vez seguida: 1,29%, aos 47.993 pontos. Sinal diferente de Europa e EUA, cujos mercados ficaram em baixa. O dólar à vista, referência no mercado financeiro, cedeu 0,12%, para R$ 2,320.

A economista Mônica de Bolle, da Galanto Investimentos, acredita que a S&P tenha antecipado sua decisão por causa do calendário eleitoral, para evitar o rebaixamento mais perto das eleições.

A expectativa é que a decisão provoque mais altos e baixos na cotação do dólar.

A decisão da S&P ainda não exacerba a previsão de alta da moeda americana, dizem analistas. Na pesquisa Focus, do Banco Central, a aposta é que o dólar chegue a R$ 2,49 ao fim do ano.

"Investidores já esperavam que isso ocorresse em algum momento, o que, de certa forma, já vinha sendo embutido nos preços dos ativos brasileiros [como ações e juros]", afirmou André Perfeito, da Gradual Investimentos.

Neste ano, a Bolsa brasileira acumula queda de 6,82%.

Para Camargo, o rebaixamento deve elevar a pressão para que o Banco Central aumente mais a taxa de juros, hoje em 10,75% ao ano.

A cotação do dólar mais alta tende a encarecer produtos importados, o que afeta a já preocupante inflação.


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