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Desemprego fecha fevereiro em 5,1%

Taxa é a menor para o mês desde 2003, quando começaram as medições; rendimento médio sobe para R$ 2.015,60

Cai o número de pessoas que procuram uma vaga; Copa e eleições também afetam o indicador

LUCAS VETTORAZZO DO RIO

A taxa de desemprego nas seis maiores regiões metropolitanas do país foi de 5,1% em fevereiro deste ano, de acordo com a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), divulgada ontem pelo IBGE.

A taxa teve recuo de 0,5 ponto percentual em relação a fevereiro de 2013 e foi a menor para o mês desde 2003, ano de início da atual metodologia de cálculo.

Em relação ao mês imediatamente anterior, o índice de desemprego, contudo, avançou 0,3 ponto percentual, já que houve demissões no comércio após o período de festas. As férias escolares também contribuíram para a ligeira aceleração, na comparação mensal.

De acordo com IBGE, 111 mil pessoas foram demitidas no setor de comércio em fevereiro, num movimento normal para o período.

O aumento do número de pessoas que desistiram de procurar emprego foi um dos motivos para a baixa taxa de desemprego, apesar de a economia estar pouco aquecida.

Em fevereiro, 686 mil pessoas (crescimento de 3,8% no grupo) desistiram de procurar emprego no país. Quando deixam de buscar emprego, essas pessoas saem da chamada PEA (população economicamente ativa), o indicador sobre o qual a taxa de desemprego é calculada.

Seu encolhimento leva, portanto, à queda da taxa.

"Quem está fora do mercado de trabalho tem dificuldade de se inserir e, nesse cenário, muitas pessoas acabam desistindo, ainda que momentaneamente, de buscar oportunidade ", disse o economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale.

Também contribuiu para uma taxa em patamar mais baixo a expectativa com a Copa-- há contratações e manutenção de quadro de funcionários. Outro motivo é as incertezas com as eleições, porque é mais barato manter um funcionário do que demiti-lo diante da possibilidades de mudanças no país e depois ter que recontratá-lo.

Para Vale, a média de desemprego neste ano deve ficar no mesmo patamar da do ano passado-- de 5,4%--, justamente por causa da realização da Copa e das eleições.

RENDA EM ALTA

Ainda que o comércio tenha sido o setor que puxou o desemprego no início do ano, foi ele também que contribuiu, ao lado da construção civil, para o aumento do rendimento médio do trabalhador, segundo o IBGE.

O rendimento médio real dos trabalhadores atingiu, no segundo mês deste ano, R$ 2.015,60, alta de 0,8% relação a janeiro (R$ 2.000,53) e de 3,1% ante fevereiro (R$ 1.954,99).

A alta dos salários no comércio foi de 2,8% na comparação com janeiro, para R$ 1.573,30. Na construção civil, o rendimento médio em fevereiro foi de R$ 1.700,67, alta de 5,1% sobre janeiro.


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