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Desemprego recua mais em 2013 e média do ano fecha em 7,1%

Pesquisa do IBGE coleta dados em 3.500 municípios, traçando retrato mais preciso no país

Taxa permanece baixa a despeito de dois anos de fraco crescimento; levantamento aponta maior formalização

PEDRO SOARES DO RIO

O fraco crescimento econômico por dois anos seguidos não foi suficiente para elevar a taxa de desemprego no país --que, em 2013, caiu para 7,1%. Em 2012, a taxa havia sido um pouco mais alta: 7,4%.

Os dados são da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílio), a primeira pesquisa nacional sobre mercado de trabalho do IBGE, e contrastam com o baixo incremento do PIB em 2012 (1%) e 2013 (2,3%).

Para especialistas, o "descolamento" se deve ao aumento do emprego e da renda por vários anos seguidos, o que desestimula pessoas que não são chefes de família a procurar trabalho.

"Os jovens, por exemplo, estão cada vez mais estudando e buscando qualificação. Eles adiam a entrada no mercado de trabalho", diz Felipe Leroy, economista do IBGE.

O dinamismo de alguns setores que empregam muito, como a construção, é outra hipótese para a manutenção da taxa de desemprego em um baixo patamar.

Mais 1,3 milhão de pessoas conseguiram emprego --o que corresponde a uma alta de 1,4% diante de 2012.

A oferta de vagas cresceu e quem procurou trabalho foi absorvido. O total de desempregados caiu 1,4% entre 2012 e 2013 --ou 131 mil pessoas desocupadas a menos.

Como esperado por analistas, o desemprego na nova pesquisa do IBGE ficou acima do medido pela PME (Pesquisa Mensal de Emprego), cuja taxa em 2013 foi de 5,4%.

A nova pesquisa é trimestral, mas mais abrangente. Levanta dados em 3.500 cidades. A PME, que será substituída pelo novo levantamento em 2015, investiga apenas as seis maiores regiões metropolitanas --áreas mais dinâmicas e com economias mais desenvolvidas.

Pela Pnad, o desemprego fechou o 4º trimestre de 2013 em 6,2%, abaixo dos 6,9% do mesmo período de 2012.

A consultoria LCA diz que a tendência de redução do desemprego se manteve, mas já não com o mesmo ritmo dos trimestres anteriores.

Analistas esperam que o mercado de trabalho esfrie neste ano com o consumo e a economia dando sinais de arrefecimento.

DISPARIDADE REGIONAL

A pesquisa evidenciou ainda uma disparidade entre as regiões do país, com maior taxa de desemprego nas áreas de menor renda.

Em 2013, o Nordeste registrou a mais alta taxa (9,5%) e foi o único local em que ela não caiu. A mais baixa ficou na região Sul (4,2%). No Sudeste, ela cedeu um pouco --de 7,2% em 2012 para 7%.

Assim como outras pesquisas, a Pnad aponta aumento da formalização. No 4º trimestre de 2013, 77,1% dos empregados do setor privado tinham carteira assinada, avanço de um ponto percentual sobre igual período de 2012.


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