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Resultado de empresas indica PIB fraco no 1º tri

Companhias classificam situação como 'desafiadora'; paralisação na Copa do Mundo provoca apreensão

DA REUTERS

Os primeiros resultados de empresas brasileiras no primeiro trimestre dão força à avaliação de que a economia começou o ano devagar. Companhias classificam a situação como "estranha" e "desafiadora".

Em vez de produzir mais aço, a Usiminas resolveu vender mais energia para aproveitar os elevados preços da eletricidade no curto prazo. O Bradesco teve fraca expansão do crédito e aumento da inadimplência futura.

Enquanto isso, a produtora de celulose Fibria manteve a produção de um ano atrás, enquanto construtoras seguiram desovando estoques e a fabricante de cosméticos Natura citou ambiente "mais desafiador" e reiterou investimento menor neste ano.

"O primeiro trimestre de forma geral foi fraco. A indústria teve desempenho bastante limitado. Quando olhamos o consumo ampliado (que inclui veículos e construção), foi fraco em fevereiro e deve ter continuado fraco em março", disse Alessandra Ribeiro, economista e sócia da consultoria Tendências.

"Não dá para ser muito otimista (...) Vemos corrosão de renda real, que mina o consumo, e isso tem consequências na produção."

As indicações para o segundo trimestre não são positivas. A Usiminas, importante fornecedora das montadoras, espera queda de produção do setor, diante de anúncios de suspensão de contratos de trabalho.

A Volks, por exemplo, vai afastar mais de mil funcionários por até cinco meses.

"Está todo mundo apreensivo com a economia, vamos ter algo parecido com 2013", disse o presidente-executivo da companhia de logística JSL, Fernando Simões.

"O segundo trimestre deve continuar morno, mas melhor que o primeiro. No entanto, há dúvidas em relação à Copa do Mundo em junho, ninguém sabe a paralisação da economia que isso vai gerar em termos de feriados", disse Simões.

A comercializadora e gestora de energia Comerc apontou a primeira queda anual e mensal no consumo de energia elétrica da indústria atendida pela empresa, responsável pela gestão de 13% da carga de eletricidade de consumidores livres do Brasil.

Com vários setores sem conseguir fazer projeções para os próximos meses, a produtora de papel Klabin afirmou que a economia brasileira está "estranha", mantendo soluços de demanda, o que tem feito a empresa apostar mais em exportações do que no mercado interno.

"A cada semana a economia se revela de forma diferente, com uns clientes diminuindo a demanda e outros aumentando, de maneira um tanto quanto surpreendente", disse o diretor-geral da Klabin, Fabio Schvartsman.

"A economia está estranha, essa é a melhor maneira de se referir a ela."


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