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Com racionamento, geradoras querem compensação

DE BRASÍLIA

As empresas geradoras de energia temem que o governo opte por enfrentar a crise do setor com uma campanha para a redução do consumo --hipótese que vem sendo afastada em Brasília.

De acordo com o presidente da Apine (Associação dos Produtores Independentes de Energia Elétrica), Luiz Fernando Vianna, a racionalização criaria um problema "do mesmo tamanho do enfrentado pelas distribuidoras".

Isso porque essas usinas teriam de continuar entregando o volume de energia previsto em seus contratos, mesmo que haja, na outra ponta, um consumo menor.

Diante do baixo nível dos reservatórios, essas usinas geradoras fazem grandes esforços para atender esses contratos, tendo até de contratar energia extra, de outras usinas, como térmicas.

"A campanha pode ser feita, mas terá de ser acompanhada de medidas reguladoras que compensem essa redução, como, por exemplo, a redução dos contratos", disse Vianna.

Assim, a geração das usinas seria ajustada para o novo padrão de consumo.

O governo vem negando que pretenda implantar qualquer campanha nesse sentido, apesar da necessidade apontada por especialistas.

Segundo a Folha apurou, o governo estima em apenas 3% a redução possível no consumo de energia, mesmo após uma campanha de conscientização da população.

O percentual é considerado muito baixo para que valha o esforço e o desgaste em ano de campanha eleitoral.

João Carlos Mello, presidente da consultoria Thymos Energia, estima que esse impacto poderia chegar a 5% da carga nacional, mas que mesmo esse número não resolveria a situação do setor.

"Não é uma quantidade expressiva, mas ajudaria muito. Tecnicamente seria ideal que o consumo caísse até 10%. Isso traria mais conforto." (JULIA BORBA E VALDO CRUZ)


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