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Fala, Piketty

O economista responde às críticas do "Financial Times" ao seu livro

1) A média simples em vez da ponderada
O autor usou uma média simples de dados do Reino Unido, França e Suécia para representar a Europa. Deveria ter usado uma média ponderada e dados de mais países.
Resposta: "Concordo que a média ponderada pela população (ou pelo PIB) em geral é superior. Mas não faz diferença aqui, porque os dados dos três países têm trajetórias similares. Nós temos dados de renda para dezenas de países, mas não dados de patrimônio. Então tivemos de trabalhar com o que tínhamos."

2) Dados do Reino Unido
O autor estima que 10% dos britânicos têm 71% da riqueza daquele país, mas os dados oficiais apontam 44%.
Resposta: "O dado do governo se refere a uma pesquisa domiciliar baseada em autodeclarações. Isso deixa o patrimônio dos mais ricos subestimado. Meus dados são baseados em informações tributárias. Se os 44% fossem verdadeiros, o Reino Unido seria um dos países mais igualitários da história. Mais que a Suécia dos anos 1980, ou de qualquer período."

3) A média simples em vez da ponderada
Piketty fez estimativas sem critério. Exemplo: para saber a fatia da riqueza que os 10% mais ricos do britânicos tinham até 1870, simplesmente somou valores aleatórios ao patrimônio do 1% mais rico.
Resposta: "Não foram valores aleatórios. Utilizei a distribuição de Pareto [forma tradicional de distribuição de dados em uma curva]. Eu deveria ter explicado isso melhor."

4) Erros factuais
Piketty usa, para a Suécia, dados de 1935 para se referir ao ano de 1930 e de 1908 para o ano de 1910.
Resposta: "Isso está explicado no livro. Os dados de alguns anos são ruins em função da volatilidade de curto prazo, em decorrência de movimentos bruscos nos preços dos bens. Por isso, para 1910, uso a média de 1907 e 1908, por exemplo."


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