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Credores da OGX aprovam plano de recuperação judicial

Dívida da petroleira será convertida em ações; Eike terá menos de 10%

SAMANTHA LIMA DO RIO RAQUEL LANDIM DE SÃO PAULO RENATA AGOSTINI DE BRASÍLIA

Os credores da OGpar, a antiga OGX de Eike Batista, aprovaram nesta terça-feira (3) o plano de recuperação judicial da petroleira em assembleia que ocorreu no prédio da Bolsa de Valores do Rio.

Estiveram presentes 201 credores, que representam 62% da dívida da empresa. Entre esses credores, a aprovação do plano foi expressiva: 81,6% votaram a favor.

O plano propõe a conversão da dívida da petroleira, de US$ 5,8 bilhões, em ações. A estrutura final de capital da OGX só sairá em setembro, mas os credores se tornarão os novos donos da empresa.

O ex-bilionário vai ficar com menos de 10% da empresa que criou. Os minoritários também serão severamente diluídos, vendo a sua participação cair de 50% para 5%.

"Eike ficou aliviado, porque foi o maior prejudicado dessa história, e agora terá a chance de mostrar que a empresa é viável", diz Ricardo Knoepfelmacher, da Angra Partners, que comanda a reestruturação.

O plano também prevê um empréstimo de US$ 215 milhões à companhia por alguns credores em três parcelas diferentes.

Os credores que participam das primeiras parcelas terão a maior fatia da empresa. Esse fato gerou polêmica na assembleia, que durou uma hora e meia.

VOTO CONTRÁRIO

"Nós votamos contra, porque os credores minoritários não tiveram as mesmas oportunidades de recuperar o seu investimento. Foram desfalcados", disse o advogado Felipe Galea, do escritório BMA Advogados, que representa o fundo Autonomy. Ele diz que, se o juiz referendar a decisão da assembleia, eles vão entrar com recurso na Justiça contra o plano.

Entre os fornecedores, a maior parte foi favorável. A Petrobras, que cobra US$ 38 milhões da OGX, votou contra. A Perenco se absteve e a Diamond votou a favor. As duas empresas tinham tentado obter uma liminar contra a assembleia.


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