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IBGE mostra mercado de trabalho mais favorável em 2014

Para economista, pesquisa revela que desaquecimento na geração de empregos está mais concentrado nas regiões Sul e Sudeste

MARIANA CARNEIRO DE SÃO PAULO PEDRO SOARES DO RIO

Dados sobre o emprego, divulgados nesta terça-feira (3) pelo IBGE, mostram que o desânimo verificado na atividade econômica, registrado no PIB do primeiro trimestre, não está contaminando o mercado de trabalho.

A taxa de desemprego do país entre janeiro e março foi de 7,1%, o que representa uma queda em relação à verificada no mesmo período do ano passado (8%).

Os dados fazem parte da Pnad Contínua, pesquisa sobre o mercado de trabalho em 3.500 cidades do país que o IBGE chegou a suspender, há dois meses, mas voltou atrás depois da repercussão negativa da decisão.

Entre o início de 2013 e este ano, o número de empregados no país aumentou 2% (mais 1,8 milhão de pessoas).

O resultado é mais positivo do que o observado na pesquisa restrita às seis maiores regiões metropolitanas do país, em que a ocupação aparece estagnada.

Segundo o economista Fernando de Holanda Barbosa Filho, da Fundação Getulio Vargas, as informações das duas pesquisas revelam que o desaquecimento do mercado de trabalho parece mais intenso no Sul e Sudeste.

Nessas regiões, o número de empregados cresceu 0,8% no primeiro trimestre de 2014, ante o mesmo período de 2013. Já no Nordeste, Norte e Centro-Oeste, o crescimento foi de 4,9%, 1,8% e 2,6%.

Para o ministro Marcelo Neri (Secretaria de Assuntos Especiais), o resultado sugere uma contradição entre a baixa confiança na economia descrita por empresários em sondagens recentes e o nível de emprego.

"Se os empresários estão contratando, é porque estão confiantes no futuro", disse.

O IBGE detectou ainda uma saída de pessoas da força de trabalho, ou seja, na procura por emprego ou já ocupados. Esse efeito também ajuda a reduzir a taxa de desemprego.

O contingente de trabalhadores que deixou o mercado no intervalo de um ano cresceu 1,6%. Deixaram a força de trabalho no país quase 1 milhão de pessoas entre o primeiro trimestre de 2013 e igual período deste ano.

A tendência já era observada na pesquisa de emprego concentrada nas seis maiores regiões metropolitanas.

Mas, argumenta Barbosa, a redução da força de trabalho é mais intensa nessas capitais do que o retratado nas demais regiões do país investigados pela Pnad contínua.

DESAQUECIMENTO

Apesar do resultado positivo na comparação com o observado nas principais regiões metropolitanas do país, os números do início do ano indicam uma desaceleração mais recente do emprego.

Na comparação com os últimos três meses de 2013, a taxa de desemprego aumentou de 6,2% para 7,1%. Neste início de ano, o PIB cresceu 0,2% ante o últimos três meses de 2013.

"A economia está crescendo em setores que são intensivos em mão de obra e criam empregos, porém são menos produtivos e geram menor valor agregado", disse Barbosa.


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