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Perfil mais conservador deve prevalecer em investimentos
DE SÃO PAULOOrganizadas as contas, o casal pode começar a guardar dinheiro junto e, nessa hora, é preciso definir que tipo de investimento será feito. E aí é preciso conciliar o lado arrojado com o conservador da relação.
É o que acontece entre a consultora de marketing e branding Carolina Macea, 30, e o administrador de empresas Guilherme Meirelles, 32. Ela, uma conservadora convicta. Ele, inclinado ao risco. A solução: investir por meio de duas contas separadas.
Do lado de Carolina há menor exposição ao risco, com investimentos em fundos de renda fixa e DI, por exemplo. Já Meirelles coloca uma pitada de risco em suas aplicações, com carteira de ações de empresas boas pagadoras de dividendos.
O casal acertou ao lidar com a questão, afirma o especialista André Massaro. Segundo ele, sempre que houver divergências de perfil, o casal deve se inclinar para o lado mais conservador. "Se o cônjuge mais arrojado tiver prejuízo, o outro pode culpá-lo pela perda", afirma.
O casal também deve analisar outra característica da personalidade: propensão a poupar. Caso um dos dois seja menos disciplinado, o outro terá que assumir o papel de investidor, avalia Clemens Nunes, professor da FGV (Fundação Getulio Vargas).
"O mais indisciplinado pode colocar as contas do casal em débito automático e o disciplinado seria responsável por escolher as melhores opções de aplicação, montando uma carteira de médio e longo prazos, com a maior parcela em renda fixa", afirma.
Alguns casais vão além da conta e fazem um plano de previdência conjunto, no CPF de um dos dois cônjuges. Mas, para Rogério Araújo, sócio da corretora de seguros Brasil Insurance, o ideal é cada um ter seu próprio plano, até para se precaver contra imprevistos no futuro.