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Impacto não deve ocorrer em 2014, dizem analistas

MARIANA CARNEIRO TONI SCIARRETTA DE SÃO PAULO

As medidas de apoio à indústria não têm impacto para tirar a economia da rota de desaceleração neste ano, afirmam analistas.

Embora considerado positivo "do ponto de vista conceitual", segundo o economista Júlio Gomes de Almeida, o conjunto de ações tem efeito tímido sobre a atividade. "É um pacotinho, mas é um bom pacotinho", disse Almeida, ex-secretário-executivo do ministro Guido Mantega (Fazenda).

A decisão mais relevante é a volta do Reintegra, que devolve parte do imposto pago pelo exportador. Porém, o percentual de 0,3% neste ano foi considerado pequeno.

"É quase nada", afirmou Fábio Silveira, da consultoria GO Associados. "[O pacote] não terá nenhum impacto em 2014, é uma política restrita."

"Este ano não tem muito resultado. Vai pegar mais em 2015. Mas serve para mudar o humor do empresariado, que só tem tido notícia negativa", disse o empresário Roberto Giannetti Fonseca.

Para Almeida, a volta do Reintegra "repara um erro". "Não é um subsídio, não é questionável na OMC e não é uma redução de impostos. É uma compensação", afirmou.

Após um primeiro trimestre de expansão modesta (alta de 0,2% ante o quarto trimestre de 2013), analistas preveem que o PIB pode encolher entre abril e junho, devido aos dias parados com a Copa e o pessimismo com a economia.

Segundo sondagem da FGV, a confiança de empresários da indústria caiu 5% entre abril e maio, e a dos consumidores, 3,3%. E a produção industrial recuou 1,2% até abril, ante o mesmo período do ano passado.

Para Lucy Sousa, conselheira da Apimec (Associação dos Analistas do Mercado) paulista, as medidas são positivas para tentar reverter o mau humor com a economia.

No entanto, ela afirma que a confiança só terá reforço duradouro se o país discutir resolver gargalos e injustiças tributárias de maior alcance.

"No Brasil, os empresários têm uma visão muito de curto prazo. Qualquer mudança de cenário, descem do ônibus do investimento. Eles precisam olhar para o futuro. E essas medidas tentam reverter a falta de confiança."

Para Giannetti, o governo anunciou o pacote para minimizar o efeito negativo, sobre os exportadores, da atuação do Banco Central no câmbio. Ele disse que a autoridade está limitando a alta do dólar para tentar conter a aceleração da inflação.


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