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Confiança do consumidor é a pior desde 2003

Inflação e juros elevados afetam expectativa das famílias paulistanas, diz Fecomercio

CLAUDIA ROLLI DE SÃO PAULO

Com inflação e juros mais altos, o que afeta o orçamento das famílias, a confiança do consumidor voltou a cair em junho e chegou ao pior patamar desde outubro de 2003.

É a quarta queda consecutiva do indicador, pesquisado mensalmente entre 2.100 consumidores da cidade de São Paulo pela Fecomercio SP desde junho de 1994.

Os dados, obtidos pela Folha, mostram que o índice chegou a 107,4 pontos em junho, o que representa queda de 1,9% em relação a maio deste ano. Na comparação com junho do ano passado, o indicador despencou 26%.

O índice de confiança varia de zero (pessimismo total) a 200 (otimismo total). Quanto maior a queda, maior é o pessimismo em relação à situação econômica futura.

"Existe uma percepção generalizada de que a economia está ruim", diz o economista Fabio Pina, da federação do comércio. "A confiança do consumidor caiu, a do comércio varejista também se retraiu, e a intenção de consumo das famílias recuou pela terceira vez em maio. Todos os indicadores refletem preocupação futura", afirma.

A exemplo do que ocorre com a confiança dos paulistanos, os brasileiros de uma forma geral estão menos confiantes em relação a emprego e renda. Pesquisa da CNI (Confederação Nacional da Indústria) divulgada nesta sexta mostra que a confiança atingiu, em junho, menor valor desde setembro de 2005.

O levantamento, em parceria com o Ibope, foi feito com 2.002 pessoas de 140 cidades entre 13 e 15 de junho, semana de abertura da Copa.

Na comparação com maio, houve queda de 1,2%. Ante junho do ano passado, foi registrado recuo de 3,5%.

Os resultados indicam que a baixa confiança do consumidor, que já tinha sido observada nos quatro meses anteriores, se tornou ainda mais "aguda" em junho, diz a CNI.

"A confiança em junho foi retraída em especial por causa de pior avaliação em relação ao mercado de trabalho, ou seja, preocupação com desemprego. A gente vê que a inflação também é um fator que preocupa a população", diz Fábio Guerra, economista da CNI.

Pelo segundo mês consecutivo, o indicador de expectativa de desemprego caiu, desta vez para 108,9 pontos, valor 5% inferior ao de maio.

Já o indicador de expectativa em relação à renda pessoal recuou 4,8% neste mês, e o de perspectiva para a inflação diminuiu 2,8% na comparação com o mês anterior.


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