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Impasse em negociação leva Argentina a 'calote' técnico

País vizinho quer suspensão de prazo legal pagamento de dívida, e fundo que está em litígio quer garantias antes de negociar prazo

ISABEL FLECK DE NOVA YORK FELIPE GUTIERREZ DE BUENOS AIRES

O fundo de investimento NML, que lidera o grupo de credores da Argentina que não quis reestruturar sua parte da dívida do país, acusou o governo argentino de não querer negociar e escolher focar "à beira do calote".

A Argentina deveria ter pago seus credores até esta segunda-feira (30). Como não o fez, entrou em "default técnico" ""uma espécie de limbo no qual o país já deve ser visto com desconfiança, mas ainda tem um mês de carência antes que a falta de pagamento configure calote.

"Não está havendo negociações, e a Argentina se recusa a se comprometer em negociar no futuro. (...) Nós esperamos sinceramente que ela reconsidere esse caminho sem volta", disse Jay Newman, diretor de portfólio do Elliott Management, fundo do qual o NML é subsidiário.

Segundo a Folha apurou, o impasse tem dois motivos: a Argentina se recusa a negociar sem uma suspensão do prazo judicial de 30 de julho, e NML se recusa a apoiar a extensão desse prazo sem antes ter garantias mais claras da Argentina.

No fim do dia, o Ministério da Economia argentino anunciou que enviará uma delegação a Nova York para se encontrar com o mediador Daniel Pollack no dia 7 de julho.

Segundo a nota oficial, o país quer contemplar os interesses de 100% dos credores, "o que significa pagar os detentores da dívida reestruturada no vencimento".

O governo argentino chegou a fazer, na semana passada, um depósito de US$ 832 milhões para pagar a parcela de seus títulos reestruturados, mas parte dele --US$ 539 milhões-- foi considerado "ilegal" pelo juiz americano Thomas Griesa.

Segundo a Justiça americana, esse pagamento só poderia ser feito se Buenos Aires também pagasse US$ 1,3 bilhão para o NML.

Dar um calote na dívida significa quebrar a confiança dos investidores externos, minando os esforços que o país faz para se reaproximar do mercado financeiro.

Entenda a crise da dívida da Argentina
folha.com/no1478945


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