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Mais fundos estudam ação contra Argentina

Outros credores que, como o NML, não fizeram acordo com país vizinho querem obter pagamento na Justiça

Ministro da Economia foi a NY tentar reverter obrigação de pagar a fundo; mediador diz que conversa continua

FELIPE GUTIERREZ DE BUENOS AIRES ISABEL FLECK DE NOVA YORK

Depois da vitória do fundo NML contra a Argentina na Suprema Corte dos EUA, outros detentores de títulos se preparam para conseguir os seus pagamentos na Justiça.

O fundo Bingham McCutchen, um dos credores que não aceitaram as propostas de reestruturação da dívida e, por isso, estão sem receber, confirmou à Folha que participou de uma reunião com outros detentores de títulos.

Os credores que não aceitaram um pagamento menor em negociações com o governo argentino estão sem pagamento desde 2001 --ano em que, em crise, o país deixou de honrar suas dívidas.

No mês passado, o fundo NML venceu a Argentina na Justiça com o argumento de que o país não poderia pagar a alguns credores --os que negociaram-- e não a outros.

O juiz do caso, Thomas Griesa, determinou que a Argentina deveria acertar sua dívida com o NML. Agora, outros grupos se organizam para buscar o mesmo tratamento que o NML recebe.

Pelos cálculos do governo argentino, os títulos que não foram renegociados em 2005 e 2010 representam, em valores nominais, US$ 6,6 bilhões, o que chegaria em valores atuais a US$ 15 bilhões, pouco mais de metade das reservas internacionais do país.

NEGOCIAÇÕES

Em reunião com o moderador apontado pela Justiça americana em Nova York, Daniel Pollack, o ministro da Economia argentino, Axel Kicillof, insistiu nesta segunda (7) que o juiz Thomas Griesa suspenda a execução da sentença para o pagamento de US$ 1,3 bilhão dos credores que não fizeram acordo.

"Deixou-se claro que a sentença de Griesa, como se interpreta, seria impossível de cumprir", diz um comunicado divulgado pelo governo argentino ao fim da reunião, que durou três horas e meia.

Segundo o texto, como o caso não envolve só os fundos litigantes, como o NML, manter a execução poderia obrigar o pagamento de todos os outros títulos que não entraram no atual processo e dificultaria o pagamento aos credores que fizeram acordo em 2005 e 2010.

Representantes dos fundos litigantes não participaram da reunião e não há anúncio de um encontro com Pollack.

"As principais questões foram identificadas e as partes indicaram uma intenção de continuar com os encontros", disse Pollack, em nota divulgada por sua assessoria.


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