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Ajuda à economia deve acabar em outubro, afirma BC dos EUA

Recompra de títulos encolhe desde janeiro; alta de juros é incerta

DE SÃO PAULO

O Federal Reserve, banco central dos EUA, anunciou que pretende encerrar seu ostensivo programa de recompra de títulos da dívida americana em outubro caso as condições da economia permaneçam satisfatórias.

Já era esperado que o mecanismo, adotado na atual versão em setembro de 2012 e cuja escala vinha sendo reduzida desde janeiro, fosse encerrado até o fim deste ano, mas esta é a primeira vez em que o Fed fixa a data.

A decisão foi divulgada nesta quarta-feira (9), junto com as atas da reunião mais recente do comitê de política monetária do Fed, o Fomc, nos dias 17 e 18 de junho.

Na ocasião, a autoridade monetária reduziu as recompras de títulos do Tesouro e títulos do mercado de hipotecas de US$ 45 bilhões mensais para US$ 35 bilhões (por volta de R$ 77 bilhões).

"Se a economia progredir da forma que o comitê espera, garantindo reduções no ritmo das recompras a cada reunião, o corte derradeiro vai acontecer na sequência da reunião de outubro", diz o documento de 25 páginas.

A ata, porém, deixa em aberto se o Fed poderia começar a elevar os juros básicos, que atualmente flutuam em uma banda entre 0 e 0,25% ao ano, ainda em 2014.

Um eventual aumento dos juros nos EUA poderia atrair investidores que hoje aplicam em mercados emergentes, como o Brasil.

CORTES

A expectativa é que o comitê anuncie dois cortes de US$ 10 bilhões nas reuniões de julho e setembro (não há encontro em agosto), deixando US$ 15 bilhões para outubro.

A ata cita como notícias que balizaram a decisão a melhora no mercado de trabalho --nos últimos dois meses, foram criadas 512 mil vagas nos EUA e o índice de desemprego recuou para 6,1%-- e a inflação dentro da meta.

O programa de recompra de títulos, criado em 2008 para injetar dinheiro na economia no auge da crise e adotado na atual versão (a terceira) em setembro de 2012, desperta ansiedade no mercado financeiro, que teme uma bolha inflacionária.

Para o "Wall Street Journal", os resultados do uso da ferramenta pouco ortodoxa ainda são "discutíveis".

Desde setembro de 2012, os ativos nas mãos do Fed saltaram de US$ 2,8 trilhões para US$ 4,4 trilhões.


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