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Cambiais perdem com o recuo do dólar no 1º semestre

Investimento é indicado como proteção para quem pretende viajar ao exterior ou tem despesas atreladas a moedas estrangeiras

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Entre as categorias de fundos avaliadas pelo Sistema Comdinheiro para a Folha, o cambial foi o único com rentabilidade negativa para os investidores no primeiro semestre deste ano.

E os analistas não vislumbram uma mudança significativa até o final de 2014, pois ele é atrelado à moeda norte-americana, cuja valorização diante do real não deve ocorrer tão cedo, dizem.

Por isso, a indicação é que o investimento seja usado por quem necessite proteger o dinheiro em outra divisa. Ou seja, ele é interessante para quem terá contas a pagar em moeda estrangeira no futuro.

Segundo o analista Raphael Figueredo, da Clear Corretora, a possibilidade mais concreta de uma mudança significativa na cotação da moeda norte-americana é no caso de piora dos confrontos na Ucrânia e no Oriente Médio.

"Se a tensão geopolítica aumentar e a palavra guerra for mencionada, o dólar começa a se valorizar e pode haver uma corrida para o câmbio", disse.

É consenso também entre gestores desse tipo de fundo que não haverá mudanças nos próximos seis meses, ainda que a instabilidade no exterior recrudesça.

Se a situação não mudar, então, o rendimento desses fundos deve continuar negativo, já que, além de acompanhar a moeda norte-americana, eles ainda cobram taxas de administração. O IR só incide sobre ganhos obtidos.

O fundo LP 100 mil do Banco do Brasil foi o que teve melhor desempenho, -6,27% no período. Na avaliação de Marcelo Marques Pacheco, gerente-executivo de fundos multimercado e offshore do BB, a cotação do dólar diante do real está baixa e deverá subir.

Para Ricardo Valente, gestor do CSHG Fundo Cambial de Longo Prazo, do Credit Suisse, que variou -6,32% nos primeiros seis meses do ano, a perspectiva é que o dólar --e consequentemente o fundo cambial-- suba. "Acreditamos que o crescimento lá fora vai acontecer e aqui, depois das eleições, haverá um ajuste da conta com câmbio mais desvalorizado."

Valente avalia que o fundo cambial também pode ser uma forma de diversificar investimentos.

Para os responsáveis do fundo Itaú Hedge Cambial, que perdeu 6,36% de janeiro a junho, não há nenhuma estratégia diferenciada para que este tipo de investimento tenha um rendimento significativamente maior ou menor.


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