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Apesar de impasse, 'risco país' argentino cai

Índice que reflete confiança do investidor no pagamento da dívida está no menor nível dos últimos três anos

Enquanto negocia com credores nos EUA, Buenos Aires começa a pagar dívida com histórico Clube de Paris

DE BUENOS AIRES DO ENVIADO ESPECIAL A CARACAS

Apesar de a negociação para evitar um calote argentino patinar, o mercado financeiro não parece apostar no pior. O risco-país da Argentina, medido pelo banco de investimentos JP Morgan, está no nível mais baixo do segundo mandato de Cristina Kirchner, iniciado no fim de 2011.

Quanto maior o índice, maior o ágio que os credores externos cobram do governo quando seus títulos da dívida são comparados aos dos EUA. Ou seja: mais difícil eles apostam que será receber.

Nesta segunda, o risco país da Argentina fechou a 687 pontos, bem menos do que os 1.100 pontos de agosto de 2013 e muito abaixo do pico de 7.222 pontos registrados em agosto de 2002.

Christian Reos, gerente de pesquisa da corretora Allaria Ledesma, diz que isso reflete uma percepção no mercado de que, mesmo que a solução para o impasse não venha já, ela virá no começo de 2015.

Isso porque no fim deste ano vence a cláusula do acordo de reestruturação da dívida que impede a Argentina de beneficiar credores que não aderiram à operação e dificulta a negociação.

Outra razão do recuo, diz, é a expectativa pela saída de Cristina, que não pode se reeleger. "Os investidores apostam em mudança positiva."

Nesta segunda, o chanceler argentino, Héctor Timerman, exortou os colegas do Mercosul em reunião do bloco em Caracas a apoiarem o país no impasse. "A ação dos fundos abutres' deve mobilizar a todos para trabalhar de forma decidida, conjunta e coordenada para uma profunda reforma [no sistema financeiro internacional]." O Brasil não se manifestou.

CLUBE DE PARIS

Em meio ao litígio sobre a dívida, o Ministério da Economia argentino depositou a primeira parcela do que deve ao Clube de Paris --as 19 nações credoras da Argentina que não recebiam desde 2001.

O crédito, de US$ 642 milhões, é parte de um total de US$ 9,7 bilhões. O restante deve ser liquidado em parcelas até 2020, conforme acordo firmado pelo ministro Axel Kicillof com o histórico clube de credores em maio último.


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